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Cidades brasileiras podem ter áreas invadidas pelo mar até 2059

Estudo foi divulgado pela plataforma Human Climate Horizons

Publicada em 30/11/2023 as 07:05h por Redação O Sul
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 (Foto: Agência Brasil)

Um estudo recente da plataforma Human Climate Horizons (HCH) alerta para a possibilidade de um aumento do nível do mar entre 20.09 cm e 24.27 cm ao longo da costa brasileira até 2059, caso as emissões globais de gases de efeito estufa não sejam significativamente reduzidas.

Desenvolvido em colaboração entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Laboratório de Impacto Climático (CIL), o aplicativo reúne uma extensa gama de informações, proporcionando uma visão abrangente dos potenciais impactos das mudanças climáticas em mais de 24 mil regiões ao redor do mundo.

Ao analisar as possíveis consequências das alterações climáticas para as regiões costeiras, o estudo destaca que, com o aumento contínuo da temperatura média global, as inundações tendem a se tornar mais frequentes, afetando uma área mais extensa, onde reside atualmente uma população de cerca de 14 milhões de pessoas.

Os pesquisadores mencionam a cidade de Santos, no litoral paulista, como um exemplo significativo. Ao avaliar três cenários distintos (baixa emissão de gases de efeito estufa, emissão intermediária e emissão muito alta), a plataforma projeta que o nível do mar na região do maior porto da América Latina aumentará, respectivamente, 22.84 cm, 24.64 cm e 27.74 cm até o ano de 2059.

Risco de inundações

“Centenas de cidades altamente povoadas enfrentarão um risco acrescido de inundações até meados do século. Isto inclui terras que abrigam cerca de 5% da população de cidades costeiras como Santos, no Brasil; Cotonou, no Benin, e Calcutá, na Índia”, informa o estudo, ao destacar que “muitas regiões baixas ao longo das costas da América Latina, África e Sudeste Asiático podem enfrentar uma grave ameaça de inundação permanente, parte de uma tendência alarmante com potencial para desencadear uma reversão no desenvolvimento humano nas comunidades costeiras em todo o mundo”.

Outro município brasileiro, citado entre os que correm o risco de ver submergir até 5% de seu território, é a cidade do Rio de Janeiro, que, nos mesmos três cenários, enfrentaria uma elevação do nível do mar da ordem de 19,13cm (baixas emissões de GEE); 20,93cm (emissões intermediárias) e 23,84cm (emissões muito altas).

A Human Climate Horizons lembra que as emissões de gases de efeito estufa decorrentes da atividade humana contribuem para elevar a temperatura média do planeta. E que o aquecimento global, por sua vez, acelera o derretimento de camadas de gelo e glaciares, resultando em um maior volume d´água e, consequentemente, no aumento da superfície dos oceanos. O que fez com que a extensão das inundações costeiras tenham aumentado nos últimos 20 anos.

A plataforma divulgou os novos dados “hiperlocais” dias antes do início da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), evento que ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes, a partir desta quinta-feira (30) até 12 de dezembro.

Durante a COP28, representantes de governos, empresas e da sociedade civil devem fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris, estabelecido na COP21, em 2015, quando cada país signatário estabeleceu metas próprias de redução de emissão de gases de efeito estufa, as chamadas Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).

A NDC brasileira, atualizada em 2023, estabelece que o Brasil deve reduzir as próprias emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.




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