O relatório mais recente da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) adverte que as águas do Oceano Pacífico atingiram o maior patamar de aquecimento desde 2016. A publicação divulgada nesta segunda-feira (27) monitora semanalmente a evolução do El Niño.
O relatório aponta que o Niño 3.4 registrou alta de 2,1°C. A região é a faixa do Pacífico Equatorial Centro-Leste usada como uma das principais referências para as análises e previsões relacionadas ao El Niño. No El Niño de 2015-2016, última vez que o fenômeno aconteceu de forma tão intensa, foi registrado um pico de 2,6°C de aquecimento.
Alguns especialistas consideram o Super El Niño quando há um aquecimento de mais de 2°C nas águas do Oceano Pacífico, enquanto outros entendem que essa categoria valeria para valores superiores a 2,5°C de alta na temperatura.
De maneira geral, a escala do fenômeno é medida de acordo com os seguintes parâmetros:
alteração de 0,5 até 0,9°C é considerado fraco;
entre 1,0°C e 1,4°C é moderado;
de 1,5°C até 2°C é forte;
acima de 2°C é classificado como muito forte.
O El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos. A duração média é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global. Com a tendência de alta na temperatura do oceano, as previsões mais recentes indicam que o El Niño deve durar ao menos até abril do ano que vem.
O pico do fenômeno deve ser observado entre a segunda quinzena de dezembro e a primeira quinzena de janeiro.