O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria da Saúde (SES), confirmou nessa sexta-feira (9/2) o terceiro óbito por dengue no Rio Grande do Sul este ano. O caso confirmado é de uma mulher, de 71 anos, residente em Santa Rosa, com comorbidades. O óbito ocorreu no dia 2 de fevereiro.
O município de Santa Rosa apresenta incidência de 289,5 casos prováveis de dengue (casos notificados excluindo os descartados por outra causa) por 100.000 habitantes, com circulação até o momento de vírus dos tipos 1 (DENV1) e 2 (DENV2).
A SES reforça que as pessoas devem procurar atendimento médico nos serviços de saúde assim que perceberem os primeiros sintomas. Dessa forma, é possível evitar o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.
Sintomas e prevenção
Os principais sintomas da dengue são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias; dor retroorbital (atrás dos olhos); dor de cabeça; dor no corpo; dor nas articulações; mal-estar geral; náusea; vômito; diarreia; e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
A população deve tomar medidas de prevenção à proliferação e à circulação do mosquito Aedes aegypti, limpando e revisando áreas internas e externas das residências ou apartamentos para eliminar toda água parada dentro de objetos. Essa atitude simples impede o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida dela na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual.
Situação epidemiológica
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 3.193 casos confirmados da doença, dos quais 2.874 são autóctones (o contágio aconteceu dentro do Estado). Os demais são importados (residentes do Rio Grande do Sul que foram infectados em viagem a outro local).
Em 2023, foram mais de 34 mil casos autóctones. Ao todo, foram 54 óbitos em virtude da dengue no ano passado.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, já foram registrados 51 casos de dengue, sendo 31 contraídos na cidade (casos autóctones), 13 importados (infecção fora da cidade) e sete sem local de infecção determinado. O total de casos suspeitos notificados à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis chega a 911 neste começo de ano – no mesmo período em 2023, foram 95 notificações e cinco casos confirmados. Ou seja, 2024 já tem cerca de 10 vezes mais casos de dengue em Porto Alegre.
Os casos estão distribuídos em 29 bairros da Capital: Auxiliadora, Azenha, Bela Vista, Bom Fim, Centro Histórico, Cristal, Guarujá, Higienópolis, Hípica, Jardim Lindoia, Lami, Lomba do Pinheiro, Mário Quintana, Morro Santana, Medianeira, Parque Santa Fé, Partenon, Passo da Areia, Petrópolis, Ponta Grossa, Restinga, Rubem Berta, São João, São José, Santa Tereza, Sarandi, Tristeza, Vila Ipiranga e Vila Nova.
Dos casos confirmados, a maior proporção (27,4%) está na faixa etária dos 41 a 50 anos de idade e 51% dos pacientes são do sexo masculino. Os principais sintomas relatados pelos doentes foram febre (84,3%), dor no corpo (80,3%) e dor de cabeça (76,4%).