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Ivermectina: a Falsa Esperança Contra a Dengue ? Alerta do Ministério da Saúde

Medicação não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue

Publicada em 09/02/2024 as 07:22h por Redação O Sul
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 (Foto: Divulgação)

O Ministério de Saúde rebateu os boatos sobre o uso de ivermectina para tratar a dengue e afirmou que a medicação é ineficaz no combate à doença.

 

“A narrativa falsa foi divulgada em alguns perfis de profissionais da saúde, inclusive com repercussão na mídia, mas sem nenhum dado ou fonte que comprove a afirmação”, disse a pasta.

 

Nos últimos tempos, o antiparasitário, tem sido amplamente discutido como possível solução para diversas doenças, incluindo a dengue. O Ministério da Saúde publicou um alerta sobre a ineficácia desse medicamento no tratamento da dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

 

A disseminação de informações não comprovadas sobre o uso da ivermectina contra a dengue tem sido observada, inclusive em perfis de redes sociais de alguns profissionais de saúde. O governo federal esclarece que não há dados ou fontes confiáveis que respaldem essa afirmação.

 

A ivermectina ganhou destaque durante a pandemia de covid, quando foi promovida como parte de um tratamento precoce contra o vírus, apesar da falta de evidências científicas que comprovassem sua eficácia. Estudos realizados na época mostraram que o medicamento não possuía benefícios significativos no combate ao coronavírus.

 

O Ministério da Saúde enfatiza que a ivermectina também não é eficaz em reduzir a carga viral da dengue. Portanto, não reconhece qualquer protocolo que inclua o medicamento no tratamento dessa doença. A propagação de fake news, especialmente em um contexto epidemiológico que requer atenção, representa um risco significativo à saúde pública.

 

 

 

 

Tratamento da Dengue

 

 

Segundo as diretrizes do Ministério da Saúde, o tratamento da dengue se baseia na identificação dos sintomas pelo médico por meio de uma consulta detalhada com o paciente. Posteriormente, exames laboratoriais podem ser solicitados, a depender da gravidade do caso.

 

Para os casos leves de dengue, a orientação é repouso durante o período de febre, ingestão adequada de líquidos para garantir a hidratação e uso de analgésicos como paracetamol ou dipirona para alívio da dor e da febre. É fundamental destacar que o ácido acetilsalicílico não deve ser utilizado, pois aumenta o risco de sangramento.

 

É crucial que o paciente esteja atento aos sinais de alarme da doença, como dor abdominal intensa e persistente, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Nestes casos, a internação para um manejo clínico adequado é recomendada de acordo com o protocolo estabelecido.

 

A médica Marcela Rodrigues, diretora da Salus Imunizações, reforça a importância de seguir as condutas clínicas baseadas em evidências científicas para garantir a segurança e eficácia no tratamento da dengue, a imunização é muito importante para combater a doença. Os medicamentos prescritos são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e devem ser utilizados conforme orientação médica para o manejo adequado da doença.




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