O diagnóstico da hipertensão arterial passa por dois números: 14 por 9. Se, ao fazer a medição no aparelho, a pressão alcançar esses números ou ultrapassá-los, é um sinal de alerta.
Medir a pressão arterial é a única forma de descobrir se você tem pressão alta.
A pressão arterial é medida por milímetros de mercúrio, com aquele clássico aparelho que aperta levemente o braço por alguns segundos.
Quando o médico diz que sua pressão está "quatorze por nove", significa a medida de 140/90 mmHg, usada para indicar quantos milímetros o mercúrio sobe no medidor do aparelho.
É considerada hipertensão se, de forma persistente, a pressão sistólica for maior ou igual a 140 mHg e/ou a pressão diastólica maior ou igual a 90 mmHg.
Não necessariamente. O diagnóstico de hipertensão arterial só é validado após outras medições, em duas ou mais visitas médicas.
O paciente não pode estar com a bexiga cheia, ter praticado exercícios físicos, ingerido bebidas alcoólicas e café ou ter fumado antes de medir a pressão.
Também podem ser feitas medições fora do consultório, com outros exames, como o MAPA e o MRPA, que medem a pressão durante as atividades cotidianas.
Aparelho como este é capaz de medir a pressão arterial fora do consultório médico — Foto: Reprodução
Sociedades médicas recomendam que a pressão arterial comece a ser monitorada a partir dos três anos de idade:
- Por que é importante? Medir a pressão é a única forma de diagnosticar a hipertensão arterial. A doença é conhecida pelo caráter silencioso: em 90% dos casos, não apresenta sintomas. Iniciar o tratamento o quanto antes é essencial para prevenir a mortalidade pela doença.
Estimativas apontam para 600 mil mortes diretas e indiretas por pressão alta em uma década no Brasil. Nos últimos anos, a prevalência e a mortalidade aumentaram no país.
- A taxa de mortalidade por hipertensão cresceu 59% em dez anos, atingindo o maior valor da série histórica em 2021. Atualmente, são 18,7 óbitos a cada 100 mil habitantes no Brasil. A pressão alta está por trás de 60% dos casos de infartos e 80% dos casos de AVC.