O estado de São Paulo confirmou o seu primeiro caso do superfungo Candida auris em um bebê prematuro internado no Hospital da Mulher da Unicamp (Caism), em Campinas (SP).
Segundo informações da secretaria de saúde de São Paulo, a presença do fungo foi detectada no dia 18 de maio, após exames realizados em um paciente, que está sendo acompanhado por equipe médica, tendo boa evolução clínica. O nome dele não foi informado.
Em nota, o estado informou que, até o momento, nenhum profissional ou outro paciente foi diagnosticado com o agente patológico e que a unidade seguirá com novos rastreamentos e reforço das medidas já adotadas.
“Todas as medidas de contenção da disseminação estão sendo adotadas, com ampla investigação em relação aos profissionais e pacientes do hospital”, diz o comunicado.
Conforme o Ministério da Saúde, o superfungo Candida auris foi identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009, no Japão.
A levedura – tipo de fungo que possui apenas uma célula – causa grande preocupação nas autoridades sanitárias por ser resistente diante da maioria dos fungicidas existentes. Em alguns casos, a todos. Isso levou a espécie a receber o apelido de superfungo.
Superfungo nos EUA
Nos Estados Unidos, o fungo foi identificado pela primeira vez em um hospital de Nova York, em 2016. Desde então, tem crescido de forma dramática, o que levou o Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) a emitir um alerta, neste ano, sobre como a Candida auris se espalhou em uma “taxa alarmante” durante a pandemia. Ao longo de 2021, foram 1.474 casos clínicos, um aumento de cerca de 200% em relação aos quase 500 casos em 2019.