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Mpox, a varíola dos macacos, não é mais uma emergência sanitária global

Varíola dos macacos, como era então chamada a doença, recebeu o mais alto título da alerta da organização em julho do ano passado

Publicada em 11/05/2023 as 15:16h por Redação O Sul
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 (Foto: Reprodução)

A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta quinta-feira (11) que a mpox não é mais uma ESPII (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional). O mais alto título de alerta da organização havia sido declarado para o surto da “varíola dos macacos”, como era então conhecida a doença, no final de julho de 2022.

De acordo com a entidade, a mudança de status foi motivada pela tendência global de queda dos casos da doença. O alerta da OMS é feito para desencadear uma resposta internacional coordenada e desbloquear financiamento para colaboração no compartilhamento de vacinas e tratamentos.

Na coletiva em que fez o anúncio, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, lembrou, porém, que o vírus continua afetando alguns grupos específicos, como comunidades em alguns países do continente africano e pessoas que vivem com HIV e que não recorrem a tratamentos de saúde.

“Assim como com a Covid-19, isso [esse rebaixamento do status] não significa que o nosso trabalho acabou. A mpox continua a representar desafios significativos de saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável”, disse.

Segundo os últimos dados da OMS, mais de 87 mil casos de mpox foram confirmados em todo o mundo desde janeiro de 2022. Além disso, 140 mortes também foram contabilizadas desde então.

No Brasil, a vacinação contra a doença começou em março deste ano para grupos específicos, como pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas.

Desde setembro do ano passado, porém, o número de casos no país também está em declínio considerável. A curva epidêmica dos casos confirmados e prováveis teve sua maior frequência registrada no período de 17 de julho a 20 de agosto de 2022.

Demora na aplicação da vacina

Desde agosto do ano passado, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a liberação do uso da vacina contra a monkeypox, chamada de Jynneos/Imvanex.

A medida tinha validade de seis meses, mas quando o prazo esgotou em fevereiro, a pedido do ministério, a agência prorrogou a dispensa de registro para que a pasta importasse e utilizasse no Brasil o imunizante, que é fabricado pela empresa Bavarian Nordic A/S.

Isso porque as doses já tinham sido adquiridas por meio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e importados pelo governo federal, um número aproximado de 49 mil. Apesar disso, as vacinas, que possuem prazo de até 60 meses de validade, só foram utilizadas este ano, 6 meses após a aprovação do imunizante.

No Brasil, segundo os últimos dados disponíveis, foram confirmados 10.920 casos de mpox. Além disso, 16 óbitos foram contabilizados pelo Ministério da Saúde: 1 no Pará, 1 em Santa Catarina, 1 no Maranhão, 1 em Mato Grosso, 3 em São Paulo, 4 em Minas Gerais e 5 no Rio de Janeiro.




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