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Entenda o câncer de cólon, que levou à morte do Rei do Futebol

A causa da morte do ex-jogador de futebol foi falência múltipla de órgãos em decorrência do câncer de cólon

Publicada em 30/12/2022 as 09:39h por Redação O Sul
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 (Foto: Divulgação)

O ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, mundialmente conhecido como Pelé, morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, vítima de complicações de um câncer no cólon. A doença havia sido diagnosticada em setembro do ano passado. Pelé estava internado há um mês no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

 

Segundo boletim divulgado pelo hospital, a causa da morte do ex-jogador de futebol foi falência múltipla de órgãos em decorrência do câncer de cólon. A condição ocorre quando dois ou mais órgãos têm suas funções comprometidas. Em situações como essa, é necessário realizar intervenções médicas, para manter o equilíbrio do organismo.

 

No caso de Pelé, o rim (ele havia perdido o outro rim quando ainda era jogador) foi o primeiro órgão a falhar, há alguns dias.

 

– O que é a falência múltipla de órgãos? No Brasil, cerca de 25% dos pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) apresentam falência múltipla de órgãos. Além disso, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), quanto maior o número de órgãos comprometidos, maior a chance de morte. Se dois órgãos são comprometidos, a mortalidade é de 60%. Se a falência é de três órgãos, a taxa sobe para 85% e no caso de quatro órgãos ou mais é de 100%. Uma das causas mais comuns da síndrome da falência múltipla de órgãos é a sepse (choque séptico), mas ela também pode ser desencadeada por infecções generalizadas, traumas queimaduras, pancreatite, síndromes de aspiração, doenças autoimunes, eclampsia e envenenamento.

 

– Principais características da falência múltipla de órgãos: A falência múltipla de órgãos normalmente desenvolve-se após um hiato variável de tempo em relação à sua causa original, durante o qual há aparente estabilidade do paciente. Logo em seguida, ela surge de maneira progressiva. A degradação gradativa dos diversos sistemas ocorre à medida que os vários órgãos entram em desequilíbrio funcional.

 

Os pulmões, os rins, o estômago e o fígado são os órgãos mais afetados, além de lesões cardíacas pós-traumáticas, cerebrais pós-traumáticas, glandulares e intestinais; também alterações do perfil de imunidade e de coagulação.

 

Há alguns sintomas clínicos que o médico deve observar para diagnosticar um caso de falência múltipla de órgãos, como a temperatura corporal estar acima de 38°C ou menor que 36°C, frequência cardíaca maior de 90 batimentos por minuto e o aumento ou redução significativos no número de leucócitos (células brancas) no sangue.

 

Saúde de Pelé

 

Inicialmente, o Rei foi hospitalizado para uma reavaliação do tratamento quimioterápico do câncer. Mas, no início de dezembro, o jornal “Folha de São Paulo” informou que a quimioterapia de Pelé havia sido suspensa e que ele estava recebendo cuidados paliativos. Desde então, seu quadro de saúde se agravou.

 

O último boletim, divulgado no dia 2, dizia: “Edson Arantes do Nascimento apresenta progressão da doença oncológica e requer maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca. O paciente segue internado em quarto comum, sob os cuidados necessários da equipe médica”.

 

– O que é o câncer de cólon? O câncer de cólon é o terceiro tipo mais incidente no Brasil, depois do pele não melanoma, mama e próstata, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Esse tumor está localizado no intestino grosso, também chamado de cólon e faz parte dos tumores de intestino, que também incluem o reto (final do intestino) e o ânus.

 

Esse tipo de câncer é mais comum em pessoas a partir dos 50 anos de idade, mas estudos recentes mostram que a doença está se tornando mais frequente em adultos jovens. Ainda não se sabe o porquê disso, mas acredita-se que a alimentação moderna, com o consumo de alimentos processados, carne vermelha e até mesmo bebidas adoçadas com açúcar podem ter algum papel nisso.

 

– Como é feito o diagnóstico do câncer de cólon? Como esses sintomas também são comuns a outras condições de saúde, menos graves, é importante procurar um médico para que seja feita uma avaliação correta. A maioria dos tumores de cólon tem origem na mucosa que reveste o intestino e pode levar anos para se formar. A detecção precoce, assim como a prevenção com a retirada de pólipos, pode ser feita pela colonoscopia. A recomendação é iniciar a realização de rotina desse exame a partir dos 45 anos de idade. O diagnóstico dos tumores de intestino, incluindo o de cólon, é feito por biópsia.

 

– Quais são os fatores de risco do câncer de cólon? Além da idade, os fatores de risco incluem histórico familiar, excesso de peso, alimentação não saudável, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn.

 

– Qual é o tratamento para o câncer de cólon? O câncer colorretal é altamente tratável se detectado precocemente. Os testes podem detectar crescimentos pré-cancerosos e removê-los. Por outro lado, quando o tumor é encontrado em fase mais avançada e se houver metástase para outros órgãos, como fígado e pulmão, as chances de cura ficam reduzidas.

 

O tratamento inicial consiste em cirurgia para retirada da parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor. As informações são do jornal O Globo.




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