Prejuízos nas culturas do milho, feijão e soja são estimados em R$ 88 milhões.
Três semanas depois de Camaquã decretar a situação de emergência em função da estiagem, o Governo Federal homologou o pedido, conforme portaria Nº 1.246 publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, dia 30 de março. O Município já estima perdas que ultrapassam R$ 88 milhões tendo em vista a pouca quantidade de chuvas.
A Prefeitura de Camaquã havia decretado situação de emergência devido à estiagem em 9 de março, através do Decreto 26.178/2023 assinado pelo Prefeito Ivo. No dia 2 de março, uma reunião entre o Governo Municipal e entidades ligadas ao setor primário já haviam decidido por decretar situação de emergência, que agora está oficializada.
Uma das principais culturas do município e cultivo com a maior extensão de área plantada em Camaquã, a soja teve perdas que variam de 20 a até 60%. A EMATER estimou prejuízos de mais de R$ 88 milhões nas culturas do milho, do feijão e, principalmente, da soja. A AUD destacou o nível muito baixo do índice pluviométrico que mede as chuvas na região.
A Secretaria Especial da Mulher, do Trabalho e Desenvolvimento Social, em parceria com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento, estão atendendo 10 famílias com água potável, em razão dos poços e reservatórios estarem secos. De acordo com os dados que embasaram o decreto, cerca de 10 a 20% da população camaquense já está sendo afetada pela falta de água.
Com a homologação, o Município poderá receber mais auxílios do Estado e da União para minimizar os danos causados pela estiagem. Além disso, os produtores que sofrem com as perdas poderão renegociar dívidas mais facilmente.