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Futuro porto em Arroio do Sal deve ser o maior empreendimento gaúcho desde o Polo Petroquímico de Triunfo

Empresa pretende investir R$ 6 bilhões na estrutura a ser construída no Litoral Norte

Publicada em 21/10/2024 as 07:29h por Redação O Sul
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 (Foto: Divulgação/Fiergs)

Autorizada pelo governo federal, a construção de um porto privado na orla de Arroio do Sal (Litoral Norte gaúcho) deve resultar no maior empreendimento do Rio Grande do Sul desde o Polo Petroquímico de Triunfo (Região Carbonífera), em funcionamento desde 1982. A obra deve gerar 2 mil empregos diretos e 5 mil indiretos, com um investimento de quase R$ 1,3 bilhão.

 

O sinal-verde ao avanço do projeto foi dado sexta-feira (18) na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, com a assinatura do contrato pelos ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), além do secretário nacional de Portos, Alex Ávila.

 

Participaram do ato o vice-governador Gabriel Souza e outros líderes políticos ou empresariais. Para o presidente da Fiergs, Claudio Bier, a rubrica representa um marco histórico: “O Porto de Arroio do Sal simboliza a recuperação econômica que almejamos, possibilitando um caminho mais próspero para o Rio Grande do Sul”.

 

Ele também mencionou o fato de Santa Catarina contar com cinco portos marítimos e que essa disparidade afeta diretamente a competitividade gaúcha: “O custo de não realizar obras dessa envergadura é imensamente superior ao investimento necessário para fazê-las, considerando-se os enormes benefícios que proporcionam à sociedade”.

 

Bier tem reforçado a importância da iniciativa para diversificar a oferta de estrutura logística portuária do Estado, hoje baseada no porto de Rio Grande. Recentemente, ele frisou que a indústria gaúcha mantém forte conexão com o mercado externo, sendo a via marítima o principal meio de transporte para as exportações brasileiras:

 

Dos US$ 16,8 bilhões em vendas externas da indústria gaúcha de transformação no ano passado, US$ 13,4 bilhões se deram no âmbito dessa forma de escoamento, o que representa cerca de 80% – as rodovias respondem por 16%, ao passo que o sistema aéreo demanda 4%.

 

“A adição de mais uma alternativa portuária pode fortalecer ainda mais os laços da indústria gaúcha com o mercado internacional, além de facilitar a importação de insumos essenciais para o processo produtivo”, prosseguiu o dirigente.

 

O ministro Costa Filho, por sua vez, frisou que a obra “transformará a matriz econômica do Rio Grande do Sul, alinhada à política de desenvolvimento econômico do governo federal, com oportunidades de trabalho que abrangem diversos setores, desde a construção civil até funções administrativas e de suporte”.

 

Ele acrescentou que após a conclusão do projeto, a produção logística gaúcha será impulsionada significativamente, abrangendo granéis líquidos e sólidos, bem como um aumento expressivo no volume de contêineres. “Com isso, o Rio Grande do Sul se consolidará como protagonista no desenvolvimento portuário brasileiro”.

 

O gaúcho Paulo Pimenta também se pronunciou: “Esse porto é fundamental, não apenas para o Produto Interno Bruto [PIB] do Rio do Grande Sul, mas também para muitas empresas que exportam e hoje enfrentam um alto custo logístico. Haverá ganhos de competitividade e na geração de empregos, com atração de mais investimentos”.

 

 

 

 

 

 

 

Histórico

 

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou há um ano o projeto, apresentado pela empresa Porto Meridional Participações S.A. O parecer favorável diz respeito à construção e funcionamento do terminal, mas o avanço da iniciativa depende de licenciamento por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por exemplo.

 

Dentre os aspectos mais sensíveis do projeto está a rede de esgoto da região, algo que pode ser afetado caso se construa um porto. O plano prevê um investimento privado de aproximadamente R$ 6 bilhões na tornar realidade a estrutura, cuja movimentação prevista é até 40 mil toneladas de cargas por ano.




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