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Fumaça das queimadas: diversas cidades do RS registram ocorrência de chuva preta

Fenômeno resulta da mistura de fuligem da fumaça de queimadas com o vapor de água responsável pelas nuvens

Publicada em 12/09/2024 as 06:33h por Redação O Sul
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 (Foto: Reprodução)

Pelo seguido dia consecutivo, diversas cidades gaúchas registraram na quarta-feira (11) a ocorrência da chamada “chuva preta”. O fenômeno meteorológico resulta da interação entre o vapor de água da atmosfera e a fuligem carregada pela fumaça das queimadas de vegetação em diversas áreas do Brasil, trazendo elementos potencialmente nocivos à saúde humana.

 

Os relatos – incluindo reportagens na imprensa e postagens com fotos nas redes sociais – abrangem uma lista que inclui Arroio Grande, Bagé, Canguçu, Pelotas, Rio Grande do Sul, São Lourenço do Sul e São José do Norte, a maioria da Região Sul do Estado.

 

“Esse tipo de chuva, que não necessariamente se precipita com cor preta, é indicativo de altos níveis de poluição, sendo geralmente observada em locais próximos a áreas industriais, incêndios florestais ou onde há intensa queima de combustíveis fósseis”, esclarece a Metsul Meteorologia em seu site (metsul.com).

 

Com o ingresso de uma frente fria no Sul do Brasil, todas as regiões do Rio Grande do Sul devem ter ocorrência de chuva nesta quinta e sexta-feira, eventualmente com trovoadas, temporais isolados e granizo. Não está descartada novas quedas de “chuva preta”. A previsão é de que somente no domingo ou segunda-feira o mau tempo dê uma trégua.

 

 

 

 

 

 

Capital

 

A quarta-feira foi atípica em Porto Alegre, com um céu oscilando entre tons acinzentados e alaranjados, conforme o horário e incidência da luz do Sol, que permaneceu encoberto por uma densa camada de fumaça durante a maior parte do dia. A m[a qualidade do ar – tomado por partículas oriundas das queimadas em outras regiões do País – causou reações alérgicas como a tosse.

 

“Em cenas que não se via nas ruas desde a pandemia, muitas pessoas fizeram uso de máscara facial”, ressalta Metsul. De acordo com a empresa, a fuligem é procedente do Centro-Oeste e o Norte do Brasil, além de países vizinhos como Paraguai e Bolívia.

 

 

 

 

 

 

Saúde

 

A equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde (SES) ainda não identificou alta nos casos de síndrome gripal não relacionados a vírus respiratórios. De qualquer forma, é recomendável que a população adote alguns cuidados básicos, tais como:

 

 

– Aumentar a ingestão de água, a fim de manter as vias respiratórias úmidas.

 

– Evitar atividades ao ar-livre e manter fechadas as portas e janelas.

 

– Utilizar máscaras faciais, especialmente no caso de indivíduos com doenças respiratórias ou imunológicas.

 

– Buscar atendimento médico de forma imediata, caso necessário.




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