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Tradicionalismo movimentou R$ 4,5 bilhões na economia gaúcha

Essa foi a primeira pesquisa mostrando o tradicionalismo como um setor produtivo

Publicada em 11/09/2024 as 05:48h por Redação O Sul
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 (Foto: Eliezer Falcão/Ascom Sedec)

Em 2023, o o impacto do tradicionalismo na economia do Rio Grande do Sul chegou a 4,5 bilhões, conforme aponta a pesquisa inédita intitulada “A participação do Tradicionalismo no Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul”. O estudo foi divulgado na terça-feira (10), no Piquete Negrinho do Pastoreio, do governo do Estado, no Acampamento Farroupilha.

 

O levantamento foi coordenado pela Universidade Feevale, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), e contou com a participação das pastas do Turismo (Setur), da Cultura (Sedac) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

 

Essa foi a primeira pesquisa mostrando o tradicionalismo como um setor produtivo e que se dedicou ao mapeamento de eventos, como rodeios e festas, de itens culturais, como pilchas e alimentos. O estudo ocorreu de julho de 2023 a abril de 2024, com nove eixos categorizados e mensurados. O método de trabalho incluiu formulação de hipóteses, análise dos segmentos do tradicionalismo e definição de coleta de dados, entre outros instrumentos.

 

 

 

 

 

 

Eixos do tradicionalismo

 

Dados preliminares do estudo foram apresentados durante o 35º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, em fevereiro, quando já se indicava a importância dos rodeios na economia do Estado. Na fase final, os dados foram divididos em nove eixos que movimentam a economia e cujos valores são:

 

 

Rodeios: R$ 2 bilhões

 

Festas: R$ 613,4 milhões

 

Música: R$ 220 milhões

 

Cavalo crioulo: R$ 1 bilhões

 

Radiodifusão: R$ 2,3 milhões

 

Projetos culturais: R$ 65,8 milhões

 

Erva-mate: R$ 396 milhões

 

Cutelaria: R$ 96 milhões

 

Churrasco: R$ 106,5 milhões

 

 

O titular da Sedec, Ernani Polo, reforçou a importância da pesquisa. “É um instrumento fundamentado por meio de um estudo científico, o que dá mais credibilidade para quem vive do tradicionalismo e não tinha números do setor para organizar as suas atividades. É um olhar do tradicionalismo sob a perspectiva de um setor socioeconômico, além de cultural”, disse.

 

Autor do trabalho, o economista e professor da Universidade Feevale, José Antônio de Moura, enaltece o movimento realizado pelos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e por outras entidades, nos quais são cultivadas todas as expressões do tradicionalismo e divulgados o folclore e a cultura gaúcha. “A produção artística do Rio Grande do Sul é rica e proporciona o desenvolvimento do Estado”, frisou.

 

O professor chama a atenção para a contribuição dos rodeios e do cavalo crioulo, assim como das festas campeiras, para o crescimento da economia gaúcha. Somente em 2023, foram realizados 3.264 rodeios, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. “São 3,2 mil festas por ano, uma média impressionante de mais de 60 a cada fim de semana. Dessas, 9% são grandes eventos; 48%, médios; e 43%, pequenos, os quais geraram, somente com inscrições, R$ 980 milhões. Além disso, o investimento em rodeios, festas campeiras e torneios de tiro de laço foi de cerca de R$ 1,3 bilhão, totalizando um consumo de mais de R$ 2 bilhões”, detalhou.




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