A queda do avião turboélice da empresa da empresa Voepass que matou todas as 61 pessoas a bordo por volta das 13h30min de sexta-feira (9), em Vinhedo (SP), tem três vítimas nascidas no Rio Grande do Sul: Debora Soper Avila, Daniela Schulz Fodra e André Armindo Michel. A aeronave havia decolado de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP).
Natural de Porto Alegre, Debora, 28 anos, era uma das comissárias da aeronave desde o ano passado. “Comissária de bordo, apaixonada pela aviação e pela excelência em bem atender, encantar e ir além das expectativas”, escreveu a vítima em uma rede social.
Já Daniela, fisiculturista, nasceu em Santa Rosa mas residia com o marido em Ubiratã (PR) há pelo menos cinco anos. Momentos antes de embarcar, ela postou nas redes sociais uma mensagem expressando sua felicidade com um plano de viagem em breve aos Estados Unidos. O policial rodoviário federal Hialescarpine Fodra, marido de Daniela e nascido no Paraná, também está entre as vítimas do acidente.
André, por sua vez, era natural de Campo Bom e atuava como representante comercial. Ele deixa esposa e uma filha de 13 anos.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lamentou o ocorrido: “A queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP) é uma tragédia que entristece a todos nós. Desastres aéreos não fazem parte da rotina dos brasileiros e perder tantas vidas dessa maneira é muito impactante. Expresso a minha solidariedade às famílias das vítimas, rogando a Deus que lhes dê conforto nesse momento difícil”.
O que se sabe
O avião havia decolado de Cascavel (PR) às 11h56min e deveria pousar no Aeroporto de Guarulhos (SP) às 13h50min. Segundo a plataforma de monitoramento de aeronaves Flightradar, a aeronave subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21min, quando começou a perder altitude.
Nesse momento, a aeronave fez uma curva busca. Às 13h22min – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.
Equipes que atuam no rescaldo do acidente localizaram o equipamento CVR, popularmente conhecido como caixa-preta, que registra as conversas dos tripulantes com a torre de controle. A investigação será conduzida pela polícia civil de Vinhedo, que já conta com uma força tarefa de mais de dez escrivães para trabalharem no inquérito.
O acidente é o maior do País em número de vítimas desde 2007, quando um avião atingiu edifício em São Paulo ao tentar pousar. Naquela oportunidade, um avião com 187 pessoas a bordo não conseguiu pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, atravessou a avenida Washington Luís e bateu no prédio da TAM Express, resultando em 199 mortes, incluindo 12 pessoas que morreram após a colisão.