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Aeroporto Salgado Filho pode retomar pousos e decolagens em 90 dias, diz o governador gaúcho

Operações no terminal de Porto Alegre estão paradas desde o início de maio, por causa das enchentes

Publicada em 04/07/2024 as 08:28h por Redação O Sul
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 (Foto: Maurício Tonetto/Arquivo Secom-RS)

Fechado para pousos e decolagens desde o início das enchentes de maio no Rio Grande do Sul, o Aeroporto Internacional Salgado Filho pode voltar a receber voos em cerca de 90 dias, ainda que mediante restrições. A projeção relativa ao terminal localizado na Zona Norte de Porto Alegre foi compartilhada na quarta-feira (3) pelo governador gaúcho Eduardo Leite, em caráter extraoficial.

 

“Há um relatório a ser consolidado para que se saiba o tipo de obra necessária em relação à pista”, declarou o chefe do Executivo em entrevista ao canal Globonews nessa quarta-feira (3). “Ainda não tive acesso a esse estudo, mas recebemos informações que permitem uma expectativa de retomada em outubro, mesmo que de forma parcial.”

 

Procurada por veículos da imprensa, a direção da concessionária Fraport Brasil – que administra o Salgado Filho desde 2017 – corroborou a fala do governador, embora também condicione a hipótese à avaliação por ele mencionada. O resultado deve sair até o final desta quinzena.

 

Na mesma entrevista, Leite mencionou o trabalho realizado pelas autoridades junto às empresas aéreas para que seja ampliado o redirecionamento emergencial de operações em aeroportos de outras cidades do Estado. É o caso de Caxias do Sul (Serra Gaúcha), Santa Maria (Região Central), Passo Fundo (Norte) e Pelotas (Sul).

 

 

 

 

 

Processo gradual

 

A Fraport finalizou a limpeza no terminal de passageiros do Salgado Filho na segunda-feira (1º) e agora o serviço contempla as áreas comuns. O passo seguinte será a recuperação de equipamentos operacionais. São etapas necessárias à retomada dos embarques e desembarques de passageiros, anunciado em 21 de junho e que deve se concretizar já nesta quinzena – os detalhes serão divulgados nos próximos dias.

 

Os pousos e decolagens, entretanto, serão mantidos provisoriamente na Base Aérea de Canoas (Região Metropolitana). Trata-se de um dos nove aeródromos escolhidos pelo governo federal para absorver parte da malha aérea que utilizava o Salgado Filho antes da catástrofe climática.

 

A logística envolverá o transporte dos passageiros até a cidade vizinha (e vice-versa) por via terrestre (ônibus ou van). Desde 22 de maio, os procedimentos de entrada e saída da cidade por meio de voos comerciais (incluindo o check-in) têm sido realizados em um espaço interno do Park Shopping de Canoas.

 

 

 

 

 

 

Resumo histórico

 

Empresa de origem alemã e que atua no Brasil por meio de uma subsidiária, a Fraport assumiu a administração do Aeroporto Internacional Salgado Filho em julho de 2017, mediante contrato de R$ 382 milhões, válido até 2042. O processo foi viabilizado pelo governo do então presidente Michel Temer para conceder o serviço à iniciativa privada.

 

O Salgado Filho era gerido desde 1974 pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), do setor estatal. Antes da catástrofe ambiental, a unidade inaugurada em 2001 (após quase 60 anos de operações concentradas em terminal nas proximidades) era a mais movimentada da Região Sul do País em número de passageiros transportados. Já no ranking nacional ocupava o nono lugar.




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