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Após pedido do MP, Justiça arquiva processo contra intérprete do Saci do Inter por importunação sexual

Promotora afirma que não houve dolo na conduta de ator, por ausência de desejo sexual. Ex-funcionário do clube vai responder pela contravenção penal de conduta inconveniente

Publicada em 28/06/2024 as 07:27h por Por g1 RS e ge RS
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 (Foto: Reprodução)

O Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio Grande do Sul arquivou o processo contra o intérprete do Saci do Internacional, indiciado pela Polícia Civil por importunação sexual contra uma repórter e uma torcedora. Segundo o Ministério Público (MP), que pediu o arquivamento do caso, "não houve dolo para o crime, que seria a existência de lascívia [desejo] sexual".

 

De acordo com o MP, a promotora Débora Balzan, da Promotoria do Torcedor, considerou que "não há elementos ou indícios da ocorrência do crime de importunação sexual pelo qual o funcionário do Inter foi indiciado pela Polícia Civil".

 

Apesar do arquivamento do processo, Gustavo Acioli Astarita, de 30 anos, vai responder por conduta inconveniente, que é uma contravenção penal. A Justiça deve designar uma data para a audiência.

 

A decisão da Justiça foi tomada em junho, segundo o MP. Em março, a Polícia Civil concluiu que o ator cometeu o crime, após ouvir as mulheres e analisar imagens de câmeras de videomonitoramento. Segundo a delegada Cristiane Ramos, o intérprete do Saci admitiu ter beijado a repórter à força.

 

"Em nenhum momento o indivíduo negou que tenha beijado ela à força. Na verdade ele admite que beijou ela à força, só que ele diz que fez isso para, usando as palavras dele, 'tirar uma onda' com ela, que era a única repórter ali vinculada ao Grêmio", afirmou a delegada, na época.

 

O caso ocorreu durante o clássico Grenal, jogo disputado entre Grêmio e Internacional, realizado em fevereiro no Estádio Beira-Rio. Uma repórter e uma torcedora colorada denunciaram casos de importunação sexual na partida do dia 25 de fevereiro. 

 

 

 

 

 

 

Relembre o caso

 

A jornalista Gisele Kümpel, do Canal Monumental, relatou ter sido abraçada e beijada sem consentimento pelo funcionário do Internacional logo após a equipe colorada ter marcado o gol da vitória contra o Grêmio.

 

"Quando sai o gol, em vez de comemorar com a torcida, ele vem e para do meu lado. Eu estava relatando o lance para o canal e ele vem e me abraça de lado. Fecha os dois braços em mim e fica alguns segundos. Não foi um tapinha nas costas. E ele, com a máscara, vem para me dar um beijo. Senti o suor dele em mim e o barulho do beijo", contou a repórter, em fevereiro.

 

Gisele conta que, depois do caso, que aconteceu nos últimos instantes da partida, ficou paralisada, com o que considera que possa ter sido uma crise de pânico. A repórter foi à delegacia da Polícia Civil no Estádio Beira-Rio e registrou um boletim de ocorrência contra o funcionário.

 

A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu, no dia 3 de março, uma medida protetiva à repórter Gisele Kümpel.

 

Um segundo caso foi relatado por uma torcedora do Inter à Polícia e também teria ocorrido durante o Grenal.

 

De acordo com a delegada Cristiane Ramos, diretora da Divisão de Proteção à Mulher (DIPAM), a torcedora teria sido tocada na cintura, nos braços e nos seios pelo homem ao pedir uma foto.

 

"Momento em que ele disse uma frase com conotação sexual, afirmando que com ela 'se sentia um adolescente na puberdade'", relatou a delegada.

 

O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) do Rio Grande do Sul absolveu o Internacional no caso. A decisão unânime foi confirmada durante julgamento realizado em abril em Porto Alegre.




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