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Enchente se agrava e atinge marcas jamais vistas no Sul gaúcho

Enchente em Pelotas se agravou com a subida rápida e acentuada das água da lagoa

Publicada em 17/05/2024 as 07:30h por Redação O Sul
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 (Foto: Gustavo Vara/Prefeitura de Pelotas)

A enchente piorou muito na quinta-feira (16) no Sul do Rio Grande do Sul e atinge agora marcas jamais antes registradas com a elevação acentuada da Lagoa dos Patos, que recebe o volume extraordinário de água vindo dos rios do Centro e da Metade Norte do Estado, além do Rio Camaquã.

 

O Canal São Gonçalo, em Pelotas, atingia no começo da manhã dessa quinta a cota de 3 metros. Houve uma elevação superior a 20 centímetros desde o dia anterior do canal, o que acabou por agravar as inundações na região.

 

O São Gonçalo superou na noite de quarta (15) a cota máxima da enchente de 1941, que já havia sido igualada no domingo, de 2,88 metros, ao atingir 2,89 metros e seguiu subindo durante a madrugada dessa quinta até alcançar os 3 metros.

 

De acordo com a prefeitura de Pelotas, o número de pessoas mantidas em abrigos administrados pelo município subiu e deve se elevar ainda mais com o agravamento das enchentes. São mais de 670 abrigados, além dos milhares em casas de amigos e familiares e em abrigos mantidos por voluntários.

 

Em São Lourenço do Sul, a enchente da lagoa também é recorde. O nível da Lagoa dos Patos ultrapassou a marca história de 1941, de 2,80 metros. No final da tarde de quarta, a régua em São Lourenço indicou 2,81 metros às 18h.

 

Na madrugada dessa quinta-feira, o nível da Lagoa dos Patos continuou a subir em São Lourenço do Sul. De acordo com medição das 18h, a régua marcava a lagoa com 2,80 metros no município do Sul do Estado.

 

Com o agravamento da enchente e a subida das águas, o número de ruas alagadas ou inundadas em São Lourenço do Sul aumentou. A Defesa Civil do Município solicitou a evacuação das áreas de risco. A situação é mais grave nas margens da Lagoa dos Patos e dos Carahá e São Lourenço.

 

O agravamento da enchente não surpreende. Com o forte vento do quadrante Sul pelo ar frio entre segunda (13) e terça (14), a grande onda de vazão foi retida. Uma vez que o vento mudou e não havia mais o represamento pelo vento de Sul para Norte, a grande quantidade de água voltou a descer para áreas da margem Sul da lagoa.

 

A enchente está perto do pico nas cidades do Sul do Estado, mas o nível vai variar muito nos próximos dias, de acordo com a direção e velocidade do vento. Assim, haverá dias alternados de melhora e piora da situação conforme as condições do vento. A cheia, no entanto, ainda vai durar várias semanas porque o nível do Guaíba em Porto Alegre, mesmo baixando, segue em cotas altíssimas.




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