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Capturados mais 41 escorpiões-amarelos no Centro Histórico de Porto Alegre

Espécie venenosa já picou ao menos quatro pessoas na capital gaúcha desde o início do ano

Publicada em 19/04/2024 as 07:46h por Redação O Sul
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 (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Em novo mutirão noturno no Centro Histórico de Porto Alegre, agentes da prefeitura capturaram mais 41 escorpiões-amarelos. Os exemplares do animal venenoso estavam dentro de caixas de luz e telefonia na Praça Dom Feliciano e ruas como Andradas, Senhor dos Passos, Annes Dias, Pinto Bandeira e Otávio Rocha. A novidade foi a localização de exemplares também em calçadas.

 

Participaram dos trabalhos servidores da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Essa foi a quarta operação deste ano, ampliando para 101 o número de exemplares recolhidos – e enviados ao Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do Rio Grande do Sul.

 

Ao menos quatro acidentes envolvendo picada foram registrados na cidade desde janeiro – dois no Centro, um no bairro São Geraldo (Zona Norte) e outro no Partenon (Zona Leste). O entorno da Praça Dom Feliciano continua liderando o ranking de visualizações e capturas em toda a cidade.

 

 

 

 

Picada pode ser fatal

 

O escorpião-amarelo tem veneno altamente tóxico, capaz de matar um ser humano – especialmente crianças, idosos e indivíduos com comorbidades. A picada é dolorosa e faz com que o veneno se disperse pelo corpo, podendo causar náusea, vômito, salivação e taquicardia.

 

Um exemplar adulto tem cerca de 7 centímetros e sua biologia é peculiar: não existem machos da espécie – a fêmea vive em média quatro anos e se reproduz pelo processo chamado “partenogênese”, em média duas vezes por ano e com 20 filhotes por vez (160 durante a vida).

 

Seus locais preferidos são ambientes frescos e escuros, como frestas de paredes e pisos, restos de materiais de construção e demolição, ralos, esgotos, encanamentos e caixas de hortaliças. Dentro de casa, podem se alojar em calçados, cortinas e roupas de cama. Não costumam atacar, mas se defendem quando se sentem ameaçados.

 

 

 

 

Cuidados

 

– Manter os ambientes sem entulho ou lixo, bem como providenciar a correta separação e destinação de resíduos, pois as baratas são um dos alimentos preferenciais dos escorpiões.

 

– Limpar ralos, pátios e cozinhas.

 

– Fechar frestas em paredes, móveis e rodapés.

 

– Utilizar telas nas aberturas dos ralos.

 

– Manter camas e berços afastados da parede.

 

– Evitar que lençóis toquem o chão.

 

– Verificar o interior de calçados, toalhas e roupas antes de usá-los.

 

– Utilizar luvas grossas e sapatos fechados para manuseio de entulhos e atividades de limpeza em geral.

 

– Em caso de visualização, acionar o serviço 156 (telefone, aplicativo ou internet), informando o local exato.

 




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