A queda e a explosão de um meteoro bólido foram registradas na madrugada de terça-feira (26), às 0h57, próximo à região de Mostardas e Santa Vitória do Palmar, no Sul estado. De acordo com o observatório espacial Heller & Jung, o objeto ingressou na atmosfera a uma altitude de 99 km e extinguiu sobre o mar.
O objeto espacial explodiu a uma distância de 633 km da costa do RS e, segundo explica o pesquisador Carlos Fernando Jung, responsável pelo observatório, possui magnitude elevada. Ou seja, possui brilho alto em comparação à luminosidade perceptível das estrelas.
Nas imagens, é possível notar o momento no qual as nuvens são iluminadas com a manifestação do fenômeno.
"Na escala, ele é de magnitude -9. Muito luminoso. Basicamente, quanto menor o número maior o brilho do meteoro", esclarece Jung.
Os meteoros bólidos "são totalmente visíveis a olho nu, principalmente em locais com baixa poluição luminosa", diz Jung.
Segundo mapeamento do observatório os meses mais propícios para a ocorrência desse fenômeno são ao longo de janeiro e abril e, depois, entre outubro e novembro.
Meteoro bólido
Os meteoros bólidos recebem essa nomenclatura pelo brilho elevado, principalmente quando entram na atmosfera e começam a queimar, ao produzir calor durante o processo de ablação.
"Quando ele esquenta, vai perdendo fragmento, e parece estar pegando fogo", menciona Carlos Jung.
Assim, o nome bólido, de modo geral, está associado à imagem de bola de fogo e à luminosidade que ele têm ao ser percebido a olho nu.
Após extinguir, é comum que os meteoros se fragmentem em meteoritos, os quais podem ser encontrados no solo.
Os mais luminosos têm capacidade de clarear o céu noturno, tal como se fosse dia. Segundo Jung, o fato de o meteoro, registrado na terça, ter caído sobre o mar mitigou os impactos do fenômeno.
No entanto, "se tivesse sido em área de terra, poderia ter consequências", pontua.