O consumo diário de chimarrão é uma tradição muito forte no Rio Grande do Sul. A infusão de erva-mate é um símbolo cultural e um ponto de encontro para muitas comunidades, representando mais do que apenas uma bebida, mas um estilo de vida compartilhado. Seja em rodas de amigos e famílias, as pessoas se reúnem para saborear a bebida e desfrutar de momentos de conversa e convívio.
No entanto, o consumo deve ser feito com moderação e responsabilidade. Consumir grandes quantidades de chimarrão de uma só vez, especialmente quando muito quente, pode causar desconforto e, em casos extremos, levar a queimaduras na boca e na garganta. Além disso, a erva-mate pode causar manchas nos dentes ao longo do tempo, especialmente se consumida com frequência.
Conforme o coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, Ramiro Rocha Barcellos, é importante estar ciente desse efeito potencial do chimarrão e manter uma boa higiene bucal diariamente. “Escovar os dentes regularmente e consultar um dentista para procedimentos de clareamento, caso seja necessário, ajuda a prevenir ou tratar as manchas dentárias, ajudando a remover os resíduos de erva-mate que podem manchar ou desgastar o esmalte dentário”, ressalta.
Além disso, ao compartilhar a bebida com familiares e amigos, o especialista enfatiza a importância de usar bombas ou canudos individuais, reduzindo o risco de transmissão de germes ou infecções. “Lembrando que o chimarrão, quando consumido com responsabilidade e cuidado, não é prejudicial à saúde bucal. É possível desfrutar dessa tradição cultural sem comprometer a integridade dos seus dentes e gengivas. A chave está na moderação e na atenção à higiene”, afirma.