A prefeitura de Porto Alegre, Capital do Rio Grande do Sul, começou a fechar, na segunda-feira (25), as comportas de um sistema de proteção contra enchentes que podem ser causadas pela alta do nível do Guaíba, que se aproxima da cota de inundação, que é de 3 metros.
A medida é preventiva e leva em conta a previsão de chuva para o Rio Grande do Sul, além das rajadas de vento que devem represar a água, o que impede o escoamento para a Lagoa dos Patos.
Mas como funciona esse sistema? Quando ele foi criado? O que são essas "comportas"? Entenda na reportagem.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/0/Q/AKlk8wSQ6383npO4oF3g/comportas.png)
Localização do sistema de contenção do Guaíba em Porto Alegre — Foto: RBS TV/Reprodução
O sistema é composto por 14 comportas, 23 casas de bombas e 24 km de diques externos e internos.
Ele foi pensado depois de uma enchente em 1941. A ideia era evitar um trauma parecido com o vivido naquele ano.
Antes de 2023, 2015 foi o último ano em que as comportas foram acionadas.
O sistema envolve o muro da Avenida Mauá, onde fica parte das comportas, próximo à Avenida Sepúlveda, e de acesso ao Catamarã, no Cais, além do muro de concreto no bairro Centro Histórico, e os diques espalhados por diferentes pontos da cidade, como a freeway, Avenida Castello Branco e as orlas 1, 2 e 3.
A escolha por parte desses locais ocorre por serem planos mais elevados. Dessa forma, a estrutura barra o avanço da água do Guaíba em direção às ruas e avenidas da cidade.
As comportas são portas metálicas de até cerca de 5 metros de altura para barrar a água do Guaíba. Elas são fechadas em momentos de alerta e movidas com o uso de uma retroescavadeira. Também são colocados sacos de areia para evitar a passagem de água por alguma fresta. Esse processo pode levar até 40 minutos.
As casas de bombas são como piscinas de diferentes tamanhos que retêm água até que ela possa ser despejada de volta para o Guaíba.
Os diques são estruturas que funcionam como barreiras complementares.
