O último levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, trouxe uma boa notícia para o Rio Grande do Sul. O Estado finalizou o primeiro semestre deste ano com 53.315 postos de trabalho criados.
Segundo os dados, o resultado é proveniente da diferença entre as 763.996 admissões e as 710.681 demissões ocorridas entre janeiro e junho deste ano. As contratações foram impulsionadas pelos setores de serviços e da indústria. Nos seis primeiros meses do ano, o destaque ficou com fevereiro, que apresentou saldo positivo de 20.367 vínculos formais de emprego.
Para o diretor-presidente da FGTAS (Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social), José Scorsatto, o resultado indica um possível crescimento mais expressivo para a segunda metade de 2023, impulsionado também pela queda na taxa básica de juros.
“Vamos respeitar o que a economia nacional ditar. Tivemos uma baixa na taxa Selic e há projeções de que, até o final do ano, ela cairá ainda mais. Se a retração for significativa, como as análises indicam, o comércio aumenta as vendas e a indústria precisará empregar mais. Em consequência disso, crescerá a empregabilidade”, explicou Scorsatto.
Segundo ele, o crescimento dos postos de trabalho gerado entre agosto e dezembro deve ser influenciado principalmente pela entrada dos safristas – pessoas contratadas para atender a demandas do setor agropecuário durante determinados períodos (como plantio, colheita e vacinação de animais). A partir de outubro, o litoral gaúcho também deve contribuir para o maior número de empregados.
Com a intenção de melhorar a aproximação entre empregador e empregado, a FGTAS/Sine tem trabalhado na implementação de um sistema da Rede de Intermediação de Mão de Obras, do governo federal, que possibilita maior acesso ao emprego.
“Faremos, o mais breve possível, um teste piloto nas agências para aumentar a facilidade de acesso tanto das pessoas que procuram emprego quanto do empregador (que vai conseguir visualizar currículo, idade, local e sexo, por exemplo). O contratante poderá realizar uma entrevista virtual, tudo acompanhado pela rede FGTAS/Sine”, revelou Scorsatto. “Nossas agências ainda ficarão disponíveis para atender quem não sabe lidar com a ferramenta, não tem um smartphone ou acesso a internet”, prosseguiu.