Ainda sob repercussão dos atos realizados em Brasília no domingo (8), o Gabinete de Crise do Rio Grande do Sul se reunirá no final da manhã desta terça-feira (10) para discutir ações preventivas de segurança pública no Estado. Também está na pauta o embarque de 73 integrantes da Tropa de Choque da Brigada Militar (BM) disponibilizados ao governo federal para reforçar o policiamento na capital do País.
O governador Eduardo Leite que participará do encontro junto com representantes de outras instituições gaúchas e porto-alegrenses. Ele próprio confirmou a agenda, na noite desta segunda-feira (9), após participar de reunião de chefes de Executivos estaduais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. O encontro partiu de um convite do líder petista, que já convocou novo evento presencial para o dia 27.
Opositor e colaborador
Também estiveram presentes membros do primeiro escalão, deputados, senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Após caminhar com o grupo até a sede da Corte Máxima, em um ato simbólico de união dos Poderes, Leite declarou a um repórter que o questionou sobre a postura do tucano gaúcho como opositor e, ao mesmo tempo, colaborador do governo federal empossado em 1º de janeiro:
“A resposta está aqui, neste encontro, com minha participação junto à dos outros dois governadores do PSDB [a pernambucana Raquel Lyra e o sul-mato-grossense Eduardo Riedel]. Pensamos diferente do presidente Lula em muitos pontos, mas ele é um líder democraticamente eleito e acreditamos na democracia e nas instituições.”
No Twitter, ele acrescentou: “Agora à noite, em Brasília, em nome dos gaúchos e das gaúchas, reiterei nossa convicção na democracia. O ataque às instituições é uma agressão à própria nação que terá a devida resposta com a punição dos envolvidos”.