Com rios contaminados pelo garimpo ilegal e sem peixes, indígenas que vivem na Terra Yanomami, em Roraima, recebem cestas básicas com sardinhas enlatadas da FAB (Força Aérea Brasileira).
O maior território indígena do Brasil passa por uma grave crise humanitária e sanitária em que dezenas de adultos e crianças sofrem com desnutrição grave e malária.
A FAB participa da ajuda humanitária desde o dia 21 de janeiro, ocasião em que o presidente Lula (PT) visitou a Casa de Saúde Indígena para ver a situação dos Yanomami. Os alimentos são arremessados de paraquedas pelos militares.
Entre os itens alimentícios que compõem a cesta básica, estão arroz, feijão, farinha e leite. Cada cesta contém ao menos oito latas de sardinha. Desde o começo da ajuda humanitária, mais de 61 toneladas de medicamentos e alimentos foram entregues na terra indígena.
Um dos vários problemas trazidos pelo garimpo é a contaminação dos rios pelo mercúrio, metal pesado usado na extração de ouro. Um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz mostrou que três rios estão altamente contaminados por mercúrio oriundo de garimpeiros em Roraima. A prática também afugenta a caça.
A Terra indígena Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro, conforme decisão do governo Lula. Inicialmente por 90 dias, órgãos federais auxiliarão no atendimento aos indígenas.