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Movimento Sem Terra fala em ocupar terras para viabilizar reforma agrária

Grupo aprova diretrizes para 2023, enaltece vitória do presidente Lula e fala em combater concentração de terra

Publicada em 31/01/2023 as 11:14h por R7 Braília
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 (Foto: MATHEUS ALVES/MST)

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) elaborou nesta semana um documento com as diretrizes do grupo para 2023 e fala em ocupar terras como forma de garantir a implementação de uma reforma agrária popular.

 

“Viva a luta por Reforma Agrária Popular! Viva o direito legítimo dos povos em ocupar os latifúndios e romper as cercas da destruição. Seguiremos pisando ligeiro, rumo aos 40 anos do MST!”, diz o movimento.

 

Os acampamentos do MST são montados em propriedades de terra em situação irregular. As famílias do movimento se instalam como forma pressionar o governo a desapropriar áreas que não cumprem a função social prevista na Constituição de 1988. As famílias passam então a desenvolver na área a agricultura familiar em cooperativas, até que a terra seja desapropriada pelo governo e concedida às pessoas que estão produzindo.

 

No documento aprovado nesta semana, o MST também celebra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 e sugere que o mandato do petista pode facilitar as ações dos sem-terra.

 

“As forças populares, que deram a vitória a Lula defendem um projeto popular de país, que enfrente a exploração, a opressão, a exclusão, a fome, a negação de direitos, a concentração de terra, a destruição ambiental e o envenenamento da natureza, dos alimentos, das águas e das pessoas”, diz o grupo.

 

Entre os compromissos assumidos pelo MST para 2023, está o de “enfrentar o modelo do agronegócio, que concentra terras, destrói a natureza, promove o desmatamento e nos envenena com agrotóxicos”.

 

O movimento fala, ainda, em “acumular forças no próximo período, através da articulação entre as organizações populares do campo e da cidade, exercitando a solidariedade de classe e a unidade na luta, entendendo que sem organização, formação e mobilização popular não haverá nenhuma mudança verdadeira no país”.




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