O senador eleito Sérgio Moro (União Brasil) declarou nesta terça-feira (04) apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno e disse que o petista Luiz Inácio Lula da Silva “não é uma opção eleitoral”.
O anúncio foi feito no Twitter. Ex-juiz da Operação Lava-Jato e ex-ministro da Justiça do atual governo, Moro venceu a disputa no Paraná no domingo (02), com 1.953.159 votos (33,5% dos votos válidos).
“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, afirmou Moro.
Quando juiz à frente da Operação Lava-Jato, Moro condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP), o que levou o petista à prisão. A sentença foi confirmada em segunda instância e também no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Lula ficou na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, por 580 dias, mas foi solto após o STF (Supremo Tribunal Federal) mudar o entendimento sobre prisão em segunda instância. Depois, anular processos da força-tarefa foram anulados.
Bolsonaro e Moro eram aliados e o ex-juiz chegou a ser ministro da Justiça e Segurança Pública do governo, mas deixou o cargo acusando o presidente de interferir na Polícia Federal. A PF, no entanto, disse ao Supremo Tribunal Federal não haver elementos para acusar o presidente de interferir na corporação.
Moro se filiou ao Podemos e depois trocou pelo União Brasil na tentativa de ser candidato à Presidência da República. Sem apoio, acabou desistindo e concorreu a uma vaga pelo Senado no Paraná após ter o seu domicilio eleitoral em São Paulo rejeitado pela Justiça.