A Polícia Federal (PF) indiciou um homem por planejamento e promoção do terrorismo no Rio Grande do Sul. Conforme o inquérito, ele pesquisou na internet sobre realização de atentados e fabricação de explosivo. Também fazia publicações nas redes sociais sobre grupos ligados ao Estado Islâmico e à rede extremista Al-Qaeda.
Quando foi preso, em outubro do ano passado, ele teve apreendida grande quantidade de armas, como facas, machadinhas, armas de airsoft, munições, porretes e gás de pimenta. Os agentes também encontraram bandeiras, camisetas, flâmulas, vídeos, livros e revistas vinculados a grupos terroristas, e materiais que promovem a supremacia da raça branca, o nazismo e incitam o extermínio do povo judeu.
Nessa sexta-feira (21), a Polícia Federal informou que enviou à Justiça Federal o relatório final do inquérito relacionado à Operação Mujahidin. A ofensiva foi deflagrada em conjunto com a Brigada Militar e Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Procurada, a PF explicou que o investigado está preso preventivamente desde 16 de outubro do ano passado, quando a operação foi deflagrada.
A investigação começou após seu perfil em rede social ser identificado, com publicações promovendo grupos e líderes ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. De acordo com o relatório, havia diversas “postagens claramente preconceituosas, incitando ódio religioso, com foco principal na comunidade judaica”.
O investigado não só promovia os grupos nas redes sociais como mantinha contato com extremistas no exterior e demonstrava interesse em se unir a grupos terroristas, concluiu a PF. Além disso, ele fez pesquisas sobre a realização de atentados, a fabricação de explosivos, e sobre roupas e equipamentos apropriados para a execução de atos terroristas.
