O general reformado Mário Fernandes é apontado como peça-chave da Operação Contragolpe. A Polícia Federal identificou que ele, além de ter sido o autor do arquivo que detalhava a possibilidade de assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, imprimiu o documento no Palácio do Planalto.
A impressão foi feita no dia 9 de novembro de 2022, semanas depois da derrota de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial, e a cópia foi levada ao Palácio da Alvorada, residência do chefe do Executivo. A impressora usada por Fernandes foi a do gabinete da Secretaria-Geral da Presidência da República.
O nome do arquivo impresso era "Planejamento". Quarenta minutos após a impressão, o general registrou entrada no Alvorada. Preso nesta terça-feira, 19, Fernandes foi o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência na gestão Bolsonaro, quando o general Luiz Eduardo Ramos comandou a pasta.
Após deixar o governo, o militar detido ontem ocupou, entre 2023 e o início de 2024, cargo na liderança do PL na Câmara, lotado como assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ). Procurado, Fernandes não respondeu.