A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu no domingo (14) o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, em Santa Catarina. Na última sexta, 12, ele havia sido alvo de uma outra operação por suspeita de rifas ilegais. A infirmação foi confirmada pelo Estadão.
Segundo a polícia, a prisão ocorreu em uma residência na praia de Jurerê, em Florianópolis. A suspeita é que o ex-BBB tenha cometido 370 crimes de estelionato.
Nego Di é suspeito de vender e não entregar produtos de uma loja virtual, chamada Tá di Zuera. Em 2022, o ex-BBB chegou a se pronunciar sobre o atraso na entrega dos produtos, alegando um “erro de logística”.
ENTENDA O CASO
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) realizou uma operação de busca e apreensão na sexta-feira, 12, contra o influenciador digital e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. A mulher dele também é alvo da operação. Em nota, a defesa informou que não teve acesso aos autos, mas que a "inocência será provada no momento oportuno".
- Participante da edição de 2021 do reality Big Brother Brasil (BBB), Nego Di e a mulher são suspeitos de lavagem de dinheiro, em valores que podem chegar a R$ 2 milhões.
- O crime, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, estaria associado à promoção de rifas ilegais. Os prêmios prometidos seriam em dinheiro e em bens de alto valor, que não teriam sido entregues às vítimas.
SÓCIO FORAGIDO
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apresentou no final da tarde deste domingo detalhes da investigação que resultou na prisão preventiva do humorista Dilson Alves da Silva Neto, popularmente conhecido como Nego Di. A polícia também confirmou que o sócio do influenciador no esquema de estelionato, Anderson Bonetti, está foragido com mandado de prisão preventiva em aberto. O golpe teria resultado no prejuízo de R$ 5 milhões em mais de 370 vítimas.
OPERAÇÃO RIFA$
A operação foi realizada no litoral de Santa Catarina e contou com apoio do Gaeco catarinense. A investigação está a cargo do promotor Flávio Duarte, do MPRS. Ele informou que dois veículos de luxo foram apreendidos. Os agentes também encontraram munição e uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro. Por causa disso, a mulher foi presa em flagrante.
Batizada de Operação Rifa$, a ação desta sexta também visa a recolher documentos, mídias sociais, celulares, entre outros, "para se ter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo casal", informou o MPRS.
O Ministério Público também conseguiu na Justiça o bloqueio de valores e a indisponibilidade de bens da dupla, além dos de outras pessoas acusadas de participar do suposto esquema.
Ao Estadão, a equipe de defesa de Nego Di informou que não teve acesso aos autos, mas que "a inocência dos investigados será provada em momento oportuno". Segundo os advogados, "qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados".