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Fraude no FGTS atinge jogadores de renome; entenda o golpe

Guerrero teve R$ 2,3 milhões sacados de forma fraudulenta do seu FGTS

Publicada em 04/06/2024 as 08:19h por Redação O Sul
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 (Foto: Ricardo Duarte/Inter)

Conforme investigação da Polícia Federal (PF), uma quadrilha vinha agindo desde 2014 em uma fraude milionária para desviar dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de atletas do futebol brasileiro, num esquema envolvendo empresários do ramo, bancários, advogados e até ex-jogadores.

 

O golpe atingiu atletas como Ramires, João Rojas, Maikon Leite, Elano e Christian Cueva. Uma das vítimas recentes é o peruano Paolo Guerrero, ex-jogador de clubes como Corinthians, Flamengo e Internacional. Ele teve 2,3 milhões de reais transferidos do FGTS da caixa para uma conta aberta ilegalmente no nome dele em um banco privado.

 

A abertura foi em 5 de maio de 2022 em uma agência no bairro Bom Retiro, em São Paulo. Naquele dia, Guerrero estava nos Estados Unidos em tratamento para uma lesão no joelho.

 

A quadrilha age da seguinte maneira: primeiro, eles buscam atletas recém desligados de clubes. Depois, com assinaturas e documentos falsos, acessam o fundo da Caixa e abrem a conta em outros bancos. Por último, movimentam o dinheiro desviado para contas de laranjas.

 

“De alguma forma conseguiam acessar esses documentos verdadeiros dos jogadores para, a partir então, poderem falsificar esses documentos e abrirem contas correntes para poderem receber esses recursos desviados irregularmente do FGTS”, explica Caio Porto Ferreira, delegado da Polícia Federal.

 

No caso de guerreiro, o dinheiro foi para cinco pessoas. Uma delas é Gustavo Gonçalves de Barros, que recebeu R$ 402.700. Ele é sócio de uma empresa chamada F.G.L Marketing & Sport. Outro sócio da F.G.L é Fernando Costa de Almeida, empresário do ramo do futebol que contratou um escritório para averiguar a situação previdenciária de atletas profissionais e cuidar das transferências.

 

Em um aplicativo de mensagem, ele mandou uma procuração supostamente assinada por Guerrero à empresa.

 

Também é investigado José Orlando de Almeida, pai de um terceiro sócio da empresa e parentes de pessoas que receberam valores do FGTS do jogador peruano.

 

A polícia ainda apura o envolvimento de Sérgio Rogério Melo da Costa no esquema. Em 2021, ele foi notícia ao ser preso por estuprar garotas de programa. É dele o rosto utilizado em 2022 no processo de reconhecimento facial do jogador Guerrero para a abertura da conta falsa.

 

A polícia investiga a participação de uma funcionária do banco. Os investigadores afirmam que a mesma quadrilha praticava esse golpe entre 2014 e 2017, só que o alvo eram apenas jogadores brasileiros. Marcelo Silva, ex-Santos, é investigado como facilitador dos desvios.

 

A segunda onda de golpes, mais recente, tem como alvo apenas jogadores estrangeiros.

 

“Provavelmente por eles se mudarem para outro país e não terem conhecimento do benefício do FGTS”, explicou o delegado Caio Porto Ferreira.




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