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Polícia civil gaúcha desarticula grupo especializado no golpe do envelope vazio

Esquema envolve compra de produto com simulação de pagamento em caixa eletrônico

Publicada em 15/12/2023 as 08:58h por Redação O Sul
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 (Foto: EBC)

Ao menos cinco integrantes de uma organização criminosa especializada no chamado “golpe do envelope vazio” foram presos durante operação deflagrada nesta semana pela Polícia Civil em Porto Alegre. A modalidade consiste na compra de produtos pela internet, mediante simulação de depósito em caixas eletrônicos que aceitam cédulas em invólucro de papel.

Outros dois investigados já cumprem sentença em penitenciárias gaúchas, de onde participavam do esquema – contando com a ajuda de suas companheiras fora da cadeia. O grupo é apontado como autor de quase 30 incidentes desse tipo (número possivelmente maior), que teriam rendido cerca de R$ 160 mil aos estelionatários. Algumas das vítimas relatam, ainda, ter sofrido ameaça ao interpelar os suspeitos.

A tática já é manjada pelas autoridades, mas ainda faz novas vítimas a todo momento. Com uma ou outra variação, funciona mais ou menos da seguinte forma:

– Por meio de perfis fajutos em redes sociais ou sites de compra e venda (Mercado Livre, OLX etc.), o golpista acerta a compra de certo item anunciado por alguém (a vítima). O pagamento é então combinado por depósito bancário.

– Ele insere no equipamento um invólucro vazio, aproveitando-se da brecha de que o comprovante é emitido mesmo se não houver dinheiro – a máquina apenas indica ter recebido o envelope.

– O “canhoto” é mostrado ao vendedor (pessoalmente ou por whatsapp, por exemplo) fora do expediente bancário, alegando que o horário fará com que a pessoa tenha de esperar até o dia seguinte.

– De posse do produto adquirido, o estelionatário não responde mais às tentativas de contato pelo vendedor. Em muitos casos, encerra a conta virtual e cria um novo perfil, pronto para ludibriar outros incautos.

Nova Santa Rita

Já em Nova Santa Rita (Região Metropolitana da Capital), uma ofensiva da Polícia Civil teve como alvo um grupo criminoso envolvido em assassinatos e tráfico de drogas. Foram presas três pessoas e cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, com recolhimento de uma pistola e munição.

A apuração começou após um suposto latrocínio durante ataque a mercado local. Na verdade, tratava-se de uma execução cometida por integrantes do grupo.

Durante o incidente, um dos suspeitos foi baleado no pescoço por um indivíduo que estava no estabelecimento. Comparsas levaram o ferido ao Hospital de Pronto Socorro de Canoas, onde a mãe dele declarou tratar-se do resultado de um assalto no centro de Nova Santa Rita.

Mas a versão acabou derrubada pela análise da interceptação de mensagens entre a mulher e um líder do tráfico na região. O avanço do trabalho policial permitiu identificar o mentor, o recrutador, os dois executores e outras pessoas envolvidas na mal-sucedida tentativa de execução.




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