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Criminosos usam tecnologia para falsificar vídeos pornográficos

O uso criminoso da inteligência artificial tem assustado usuários

Publicada em 07/11/2023 as 08:57h por Redação O Sul
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 (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Aplicativos estão sendo usados para falsificar vídeos pornográficos de celebridades e pessoas anônimas em todo o mundo. Com fotos de redes sociais ou roubadas de celulares, criminosos facilmente conseguem simular e divulgar cenas de sexo, produzindo material até sob encomenda.

 

Um documentário da rede britânica BBC aborda o assunto, desenvolvido pela jornalista Jess Davies. No passado, Jess foi vítima de abuso online: imagens dela foram usadas em redes sociais sem autorização.

 

“Essa tecnologia está nas mãos de qualquer um que tenha um smartphone”, afirma Jess. Ela mostrou no documentário um site que anuncia como criar vídeos pornográficos falsos de artistas como Billie Eilish, Scarlett Johansson e Zendaya. “Não são reais, mas parecem”, comenta.

 

A BBC conversou com o dono de um site que usa imagens de celebridades para fazer “pornografia fake”. Ele não quis dar o nome nem mostrar a cara.

 

“Temos mais de 20 mil vídeos de pornô fake. A tecnologia só vai melhorar, e vai ficar cada mais difícil saber se um vídeo é real ou fake”, relata o homem. “Claro que celebridades e não celebridades podem sofrer consequências psicológicas. Eu não contei pra minha mulher, e também penso no que pode acontecer com ela se ela souber que trabalho com isso”, diz.

 

 

 

Brasil

 

Famílias do Rio de Janeiro estão vivendo um drama, por causa do uso criminoso da inteligência artificial. Alunos de uma escola particular criaram e compartilharam falsos nudes de dezenas de meninas adolescentes, a maioria com 14 anos. A polícia investiga o caso. O episódio aconteceu no Colégio Santo Agostinho, de classe média alta.

 

“Uma amiga minha me ligou enquanto estava em aula. Ela me contou que tinha nudes falsos nossos rodando pela internet. Não só meu, como dela e de mais umas outras amigas nossas”, conta uma aluna.

 

“Eles tinham pego fotos de, das meninas dentro da rede social delas. Umas de biquíni, outras de vestido. Eles pegaram essas fotos, eles entraram no aplicativo, que é super simples de entrar, não é deepweb como estão falando, não, é um aplicativo muito simples. E tiraram a roupa das meninas, deixaram elas nuas. Uma das meninas estava no meio da aula de história, recebeu a foto dela por um amigo, mas para alertar ela. O professor falou: “você não pode usar o celular”. Ela: “professor, mas é muito sério. E ele simplesmente falou: mas você não vai resolver isso agora”, destaca uma mãe.

 

Dois alunos confessaram terem manipulado as fotos usando um aplicativo de inteligência artificial – que pode ser baixado facilmente em qualquer celular. As imagens foram então distribuídas num grupo de conversa. Quase trinta meninas tiveram fotos alteradas em sites e aplicativos.

 

 

 

A investigação

 

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. “Nós vamos ouvir as vítimas, ouvir as testemunhas e nós vamos investigar esse caso a fundo. Porque esse tipo de delito que é novo, ele simplesmente, ele não vai se exaurir agora, ele vai ficar para a vida inteira”, diz Marcus Vinícius Braga, titular da delegacia.

 

A manipulação e a distribuição de imagens sem consentimento são crimes previstos pelo Código Penal.




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