O adolescente de 15 anos que matou uma jovem na manhã de segunda-feira (23), na Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo, era vítima frequente de bullying e matou uma jovem que sequer conhecia. As palavras são do advogado Antônio Edio, contratado pela família do agressor. As informações são da CNN Brasil.
O atirador foi capturado pela Polícia Militar. Os policiais foram acionados por volta das 7h30min para atender a ocorrência na rua Senador Lino Coelho, na capital paulista. O aluno entrou armado na instituição de ensino e disparou contra outros estudantes.
Segundo um boletim de ocorrência registrado em abril deste ano, a mãe do adolescente relata ameaças sofridas pelo filho tanto nas redes sociais quanto em outra escola que ele estudava. Conforme a Policia Civil, o caso não seguiu adiante, pois não foram indicados possíveis responsáveis pelos crimes.
A mãe do adolescente também teria levado reclamações à diretoria da escola que, segundo a versão da família, não teria tomado providências.
“Lamentamos a fatalidade, a morte prematura e as vítimas feridas, mas que o estado não se omita da sua responsabilidade através da Secretaria da Educação”, disse o advogado.
Fontes ligadas à investigação confirmaram que a vítima fatal era de outra turma e que sequer convivia com o agressor. Ela teria dado risada por achar que era uma brincadeira antes de ser alvejada.
Outras duas vítimas feridas realmente conviviam com o adolescente e teriam se envolvido em uma briga com ele recentemente. Uma terceira pessoa ficou ferida com um corte no braço ao tentar fugir, mas ela não conhecia o agressor.
As primeiras informações da investigação dão conta que o adolescente fazia parte de um grupo da plataforma Discord. Ele chegou a desenhar uma suástica com uma faca na perna esquerda para somar pontos. O ataque à escola seria outra etapa. Segundo a polícia, o adolescente foi incentivado a cometer os crimes e chegou a iniciar uma transmissão para o grupo na manhã de hoje.
O adolescente será investigado por homicídio e duas tentativas de homicídio.
Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP) lamenta profundamente e se solidariza com as vítimas do ataque, e que “trabalha para aprimorar o atendimento psicológico a toda comunidade escolar, bem como a segurança nas unidades educacionais”.