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Operação combate o envio de celulares e drogas para dentro de presídio, por meio de drones, em Rio Grande

Os quatro pavilhões da Perg foram vasculhados em busca de armas, munições, celulares, dinheiro, drogas, documentos e anotações

Publicada em 05/12/2022 as 08:04h por Redação O Sul
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 (Foto: Tiago Coutinho/MP-RS)

Com o apoio da BM (Brigada Militar), o MP (Ministério Público) deflagrou, no início da manhã desta segunda-feira (05), uma operação dentro da Perg (Penitenciária Estadual de Rio Grande), no Litoral Sul do RS.

 

A Operação Perg investiga uma quadrilha de traficantes que leva celulares e drogas para dentro do estabelecimento prisional. Conforme o MP, o grupo também está por trás do aumento da violência na região. Os quatro pavilhões da penitenciária foram vasculhados em busca de armas, munições, celulares, dinheiro, drogas, documentos e anotações. Os agentes cumpriram 58 mandados de busca e apreensão.

 

A investigação começou há três meses e apontou que a associação criminosa utiliza drones para transportar telefones, carregadores e entorpecentes para o interior do presídio. De acordo com os promotores, o chamado “delivery aéreo de drogas e outros materiais ilícitos” facilita o tráfico no interior e fora da Perg e o ordenamento de demais crimes na cidade, que vive uma onda de violência. Somente até outubro de 2022, foram registradas 21 ocorrências de drones na Perg, frente a duas em 2021 e nenhuma em 2020.

 

“O que ingressa na Perg contribui decisivamente para o exponencial aumento da violência no município de Rio Grande neste ano, que já registra mais de 95 mortes violentas, considerando homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Quase a totalidade delas está diretamente vinculada a apenados recolhidos, os quais, por meio da introdução clandestina de celulares na prisão, continuam operando direta e indiretamente o tráfico de drogas”, afirmou o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas.

 

O promotor João Afonso Silva Beltrame destacou que a entrega aérea de drogas e materiais ilícitos no sistema prisional exige um altíssimo aporte financeiro, uma vez que os produtos e o custo operacional para a execução de uma única “viagem” podem variar de R$ 10 mil a R$ 100 mil.

 




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