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Elon Musk não está comprando a CNN: fake news viraliza em redes sociais

Boato sobre aquisição foi desmentido por site americano de checagem de fatos, que confirmou a origem satírica da alegação

Publicada em 09/11/2024 as 08:41h por Por Diogo Rodriguez
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 (Foto: Reprodução)

Em uma publicação de outubro de 2024 no Threads, rede social da Meta, uma alegação afirmava que Musk estaria “de olho” na compra da CNN para “consertar a mídia, uma rede de cada vez”. Essa história ganhou força e logo viralizou nas redes sociais, levando milhares de internautas a acreditar que o dono da SpaceX e da X (antigo Twitter) tinha, de fato, intenção de adquirir o canal de notícias.

 

No entanto, o site de verificação de fatos PolitiFact desmentiu a história, afirmando que a publicação sobre a compra da CNN por Elon Musk tem origem em um site de sátira. Segundo o PolitiFact, a origem do rumor está no SpaceXMania, que se descreve como uma plataforma de "notícias falsas fresquinhas".

 

 

 

 

 

 

 

A origem do boato

 

O artigo satírico foi publicado pelo SpaceXMania, um site que frequentemente divulga conteúdos humorísticos e fictícios, utilizando temas que possam atrair cliques e engajamento. O título da publicação era idêntico ao post no Threads, mas, ao contrário deste, trazia uma clara indicação de que se tratava de uma sátira.

 

O PolitiFact esclareceu que não há qualquer evidência confiável de que Elon Musk esteja considerando adquirir a CNN. De acordo com a checagem, não há declarações públicas ou anúncios formais que sustentem a veracidade do rumor.

 

 

Além disso, a própria CNN e Musk não se manifestaram oficialmente sobre o assunto, o que reforça a ideia de que se trata de uma história fictícia destinada a causar repercussão online.

 

 

 

 

 

 

 

Musk em evidência após vitória de Trump

 

O boato aparece em um momento em que Musk está em evidência por ter sido um dos principais apoiadores da vitoriosa campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

 

 

Fundador da Tesla e quarto maior doador da campanha republicana para a Presidência dos EUA, Musk poderá desempenhar um papel central no governo de Donald Trump, que se inicia em 20 de janeiro. O bilionário sugeriu a criação de uma comissão de eficiência governamental para auditar despesas públicas, proposta que Trump adotou publicamente em setembro, indicando que Musk lideraria a iniciativa.

 

A comissão teria como missão eliminar fraudes e pagamentos indevidos em seis meses, com o objetivo de poupar trilhões de dólares, segundo Trump, uma vez que essas práticas custaram centenas de bilhões aos contribuintes em 2022.

 

Contudo, a influência de Musk na política levanta preocupações, principalmente pelo risco de conflitos de interesse, dado seu envolvimento em negócios amplamente regulamentados pelo governo.

 

Exemplos desses possíveis conflitos incluem a SpaceX, que desempenha papel crucial nos lançamentos da Nasa e do Departamento de Defesa. Musk, contudo, tem sido crítico ao rigor dos órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (SEC), com a qual teve desavenças em 2018, após tweets enganosos sobre a privatização da Tesla.

 

 

Embora as regras do governo americano busquem evitar conflitos, ainda há dúvidas se Musk poderá separar interesses pessoais de decisões que afetem suas empresas, situação que lembra a nomeação de Carl Icahn por Trump em 2017, que também enfrentou críticas por potenciais conflitos.




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