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Mulher britânica fica mutilada após cirurgia plástica na Turquia: tenho dois buracos no estômago

Sara Platt viajou ao país para remover excesso de pele após passar por perda de peso; turismo cosmético já custou a vida de 25 britânicos desde janeiro de 2019

Publicada em 04/12/2023 as 06:47h por Por O Globo ? Rio de Janeiro
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 (Foto: Reprodução)

Sara Platt é uma mulher britânica de 33 anos que viajou à Turquia para fazer diversas cirurgias cosméticas após perder peso e ficar com excesso de pele em algumas regiões do corpo. Ela foi atraída pela oportunidade de ser operada por um terço do preço equivalente no Reino Unido. Mas o custo foi muito maior que o esperado: Sara agora tem dois buracos no estômago e sofre dores constantes.

 

 

— Meu corpo está mutilado; tenho dois buracos no meu estômago, não tenho seios, tenho uma caroço nas costas e estou constantemente sentindo dor. O que aconteceu por lá arruinou minha vida — lamenta Sara ao Daily Mail.

 

 

A britânica contou ao jornal que viajou para fazer uma abdominoplastia, além de aumento e elevação dos seios; e estava ansiosa para se recuperar sob o sol turco. Na realidade, ela teve que correr de volta ao seu país natal para fazer nove cirurgias corretivas por meio do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS). As últimas palavras do cirurgião turco antes do procediemento ainda a assombram.

 

 

— Ele [o cirurgião] me disse que ia preparar sua faca. As palavras exatas foram: 'vou afiá-las hoje à noite'. Nunca me esquecerei — continuou Sara.

 

 

Ao Daily Mail, Sara contou que a cirurgia no Reino Unido custava 33.000 libras, enquanto na Turquia a mesma cirurgia estava custando 15.000, em uma clínica que parecia ter boa avaliação. Agora, ela percebe que a maioria das avalições eram provavelmente falsas.

 

 

Tudo parecia bem no início. O quarto de hotel era limpo e espaçoso, mas a britânica começou a estranhar a situação quando notou que o hospital onde seria operada era uma clínica de fertilidade e parto. Daí, foi só ladeira abaixo.

 

 

— O táxi que mandaram estava atrasado, então cheguei às 7h50 e eles me apressaram. A papelada estava em turco e, quando eu disse que precisava dela em inglês, eles disseram que não havia tempo ou eu perderia a vaga. Eu estava em pânico. Papai estava muito preocupado, mas eu senti que estava envolvida demais para desistir — contou Sara.

 

 

A cirurgia demorou treze horas e, quando ela acordou, estava coberta de drenos, sentindo uma 'dor horrível'. Os médicos não só operaram a barriga e os seios, mas também tiraram pele dos braços e das laterais do corpo - procedimentos que ela planejava fazer mais à frente.

 

 

— Eu não conseguia respirar. Eles tiraram tanta pele que eu não conseguia expandir meus pulmões — relembra a britânica.

 

 

A Turquia está prestes a ultrapassar a França como o segundo destino europeu mais popular para os britânicos. Isso se deve em grande parte pelo 'turismo cosmético', no qual pessoas viajam para fazer cirurgias estéticas por uma fração do preço.

 

 

Mas, o governo britânico avisa que mais de 25 nacionais do Reino Unido morreram após visitas médicas à Turquia desde janeiro de 2019. Outros voltaram com complicações pós-cirúrgicas, incluíndo infecções e problemas na cicatrização.

 

 

 

 

A Associação britânica de Cirurgiões Plásticos Estéticos (BAAPS) divulgou alguns dados alarmantes:

 

 

O número de pessoas que precisaram de tratamento emergencial após cirurgias no exterior aumentou 94% em três anos;

 

Foram 57 casos em 2020, 111 em 2022 e 124 em 2023, até agora;

 

3/4 dos casos dos últimos seis meses foram causados por procedimentios na Turquia.

 

Naturalmente, o marketing das clínicas turcas ignora esses números. Eles pagam uma quantidade considerável de dinheiro para fazer material publicitário e contratar influencers para promover o 'turismo cosmético' do país.

 

— O motivo pelo qual essas coisas são mais cara por aqui é por causa do quadro regulatório e do sistema de pesos e contrapesos que nós temos. Há um livro de regras no Reino Unido que não existe em outros lugares — disse o presidente da BAAPS, Marc Pacifico, ao Daily Mail.




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