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Rússia bombardeia mais de 100 localidades da Ucrânia desde o começo da semana; ofensiva é considerada a maior do ano

Em 24 de fevereiro de 2022, soldados russos invadiram o país vizinho e atacaram vários vilarejos e cidades

Publicada em 03/11/2023 as 08:21h por Jornal O Sul
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 (Foto: Freepik)

Cerca de 118 localidades de 10 regiões diferentes na Ucrânia foram atingidas por bombardeios russos desde a terça-feira (31), no que é considerada a maior ofensiva russa desde o começo do ano. Em 24 de fevereiro de 2022, soldados russos invadiram o país vizinho e atacaram vários vilarejos e cidades.

A guerra matou, até o momento, 200 mil pessoas e deixou em ruínas a ex-república Soviética. Diretora do Centro pelas Liberdades Civis, ONG sediada em Kiev e laureada com o Nobel da Paz, em 2022, Oleksandra Matviichuk informou que sua equipe documentou 55,8 mil crimes de guerra, como ataques a prédios residenciais, igrejas, hospitais e museus.

Para Olexiy Haran, professor de política comparativa da Universidade Nacional de Kiev-Mohyla, o ofuscamento do conflito entre Ucrânia e Rússia pela guerra de Israel com o Hamas se encaixa perfeitamente nos planos do presidente Vladimir Putin.

“A mudança de foco da mídia sobre tudo o que ocorre no país beneficia Putin, que continua bombardeando a população diariamente”, criticou.

Um ataque russo a uma refinaria de petróleo em Kremenchuk, no centro do país, apesar de não ter feito vítimas, levantou preocupações da Ucrânia e de aliados ocidentais. Autoridades temem uma intensificação de bombardeios em instalações do setor de energia da Ucrânia durante o inverno intenso. “Esse é um plano tradicional do Exército russo. Estamos nos preparando para isso. Entretanto, da mesma forma que não sabemos como sobrevivemos ao último inverno, não sabemos como será este. Tudo depende de como a natureza vai agir e quão efetiva será a defesa ucraniana”, declarou Haran.

Autoridades locais informaram que, na região de Kharkiv, nordeste do país, bombardeios noturnos deixaram pelo menos um morto. Outro civil morreu em decorrência dos ataques em Kherson, no sul do país. Em Nikopol, também no sul, um drone matou um morador e feriu quatro. De acordo com a Força Aérea ucraniana, 18 dos 20 drones russos lançados durante a noite foram abatidos.




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