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Hospital na Faixa de Gaza usa caminhões de sorvete como necrotérios

Patologista forense alerta para uma crise humanitária no território e pede ajuda

Publicada em 14/10/2023 as 08:35h por Eyad Kourdi da CNN
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 (Foto: Reprodução)

Um hospital na Faixa de Gaza tem utilizado caminhões de sorvete como necrotérios improvisados ??para complementar as morgues hospitalares, que estão lotadas.

 

Yasser Khatab, patologista forense, disse, em uma mensagem de vídeo enviada à CNN neste sábado (14), que o Hospital dos Mártires em Deir al Balah não tem capacidade para acomodar o número crescente de mortos.

 

Khatab acrescentou que alguns corpos permanecem armazenados durante dias antes de serem recolhidos. O patologista forense frizou que Gaza estava em crise.

 

 

“Gaza precisa de ajuda humanitária”, disse Khatab, especificando a necessidade de refrigeradores mortuários e equipamentos médicos, bem como “caixões e equipamentos para lidar com cadáveres”.

 

 

 

Preocupação global com os civis de Gaza

 

 

ordem dos militares israelenses aos moradores da cidade de Gaza de deixarem o local e seguirem para o sul do Vale de Gaza deixou a comunidade internacional em alerta e gerou fortes críticas por parte de grupos de direitos humanos, especialmente à medida que os suprimentos essenciais se esgotam e as mortes aumentam no enclave, onde os residentes dizem não ter escapatória.

 

“A ordem de evacuar 1,1 milhão de pessoas do norte de Gaza desafia as regras da guerra e da humanidade básica”, escreveu o chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Martin Griffiths, em comunicado na sexta-feira.

 

“Estradas e casas (em Gaza) foram reduzidas a escombros. Não há nenhum lugar seguro para ir”, continuou.

 

 

“Forçar civis assustados e traumatizados, incluindo mulheres e crianças, a deslocarem-se de uma área densamente povoada para outra, sem sequer uma pausa nos combates e sem apoio humanitário, é perigoso e ultrajante”, acrescentou, alertando que isso trará “consequências humanitárias catastróficas”.




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