O Parlamento Europeu destituiu nesta terça-feira, 13, a vice-presidente da Casa, Eva Kaili, acusada de envolvimento em um escândalo de corrupção. No total, foram mais de 600 votos a favor da destituição, um contra e duas abstenções.
Eva foi presa na sexta-feira 9, depois de a polícia da Bélgica investigar denúncias sobre o envolvimento de pessoas ligadas ao Parlamento Europeu em casos de lavagem de dinheiro. Além da ex-vice-presidente, outros três parlamentares estão presos.
A Promotoria da Bélgica suspeita que o Catar, país-sede da Copa do Mundo, tenha subornado Eva a “influenciar as decisões econômicas e políticas do Parlamento Europeu”.
De acordo com as denúncias, o Catar pagou propinas para membros do Parlamento Europeiu e seus assessores com a finalidade de apoiarem o país nas votações da Casa. O governo do Catar negou as acusações.
Em novembro, Eva defendeu o Catar, enquanto o Parlamento criticava a situação dos direitos trabalhistas no país e pedia à Fifa que as famílias dos funcionários imigrantes que morreram na construção dos estádios da Copa fossem indenizadas.
Além de Eva, seu marido, Francesco Giori, o ex-deputado europeu Antonio Panzeri e Niccolò Figa-Talamanca, diretor da ONG No Peace Without Justice, foram presos.
