Na estreia do treinador Fernando Diniz, a Seleção Brasileira venceu a Bolívia por 5 a 1, nessa sexta-feira (8), em partida válida pela primeira rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O duelo foi disputado no Mangueirão, em Belém (PA). Os gols foram marcados por Rodrygo (2), Neymar (2) e Raphinha. Ábrego descontou para os bolivianos. O próximo compromisso do Brasil pelas Eliminatórias é na terça-feira (12), às 23h, quando visita o Peru.
Com duas finalizações, Neymar chegou a 79 gols pela Seleção e ultrapassou Pelé na artilharia histórica da equipe. O Rei do Futebol, segundo as contas da Fifa (entidade máxima do futebol, marcou 77 vezes. De acordo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no entanto, Pelé tem 95. Na comemoração de seu primeiro gol na partida, Neymar homenageou o ídolo dando socos no ar.
O jogo
A primeira chance de perigo da partida foi logo aos dois minutos. Neymar arrancou pela intermediária e foi puxado pela defesa boliviana – falta assinada por Juan Gabriel Benítez. Na cobrança da infração, o próprio camisa 10 partiu para a cobrança e, com um chute rasteiro, acertou a rede pelo lado de fora.
Aos 10, novos gritos de “quase” da pulsante torcida no Mangueirão: Neymar cobrou escanteio e Richarlison subiu mais do que a zaga para cabecear, mas Viscarra fez o “encaixe” e defendeu. Três minutos depois, pênalti assinalado para o Brasil: Rodrygo tentou cruzamento dentro da área, Justino deslizou para o carrinho e a bola bateu no braço aberto do defensor.
Neymar foi para a cobrança e teve a chance, de acordo com os cálculos da Fifa, de superar Pelé e tornar-se o maior artilheiro da história da “Amarelinha”. No entanto, o camisa 10 bateu mal, rasteiro e sem força, e Viscarra encaixou a penalidade.
Ainda assim, o Brasil seguiu em cima da Bolívia. O resultado da pressão veio aos 23 minutos: Danilo enfiou lindo passe para Raphinha dentro da área e o jogador do Barcelona enfiou uma bomba cruzada, defendida pelo arqueiro boliviano. No rebote, entretanto, a bola sobrou limpa para o livre Rodrygo que, embaixo das traves, não teve nenhum trabalho para balançar as redes: 1 a 0.
No restante da etapa inicial, Raphinha finalizou firme aos 33, mas Viscarra defendeu; três minutos depois, Richarlison cabeceou no contrapé do goleiro boliviano, que fez linda defesa; aos 40, Neymar realizou belíssima jogada individual desde a intermediária, deixou uma fila de defensores para trás e, cara a cara com o arqueiro, chutou fraco; nos acréscimos, tanto Rodrygo quanto Renan Lodi pararam em Viscarra.
Logo no segundo minuto de etapa final, o Brasil ampliou sua vantagem. Raphinha partiu para cima da marcação de Fernández, invadiu a área, cortou para dentro e chutou cruzado. Viscarra bem que tentou, mas não conseguiu espalmar: 2 a 0.
Pouco depois, Richarlison teve grande chance de fazer o terceiro. Raphinha recebeu em profundidade dentro da área e cabeceou para dentro, acionando o “Pombo”. O centroavante dominou bem e fez o corte mas, na hora de tirar a nota 10, isolou.
Quem não desperdiçou foi Rodrygo. Aos sete, Bruno Guimarães deu ótima assistência para o camisa 11, que apenas teve o trabalho de deslocar Viscarra e fazer o terceiro.
Aos 15, saiu o gol do recorde de Neymar. Raphinha não desistiu de jogada pela direita e lançou para a área. Rodrygo dominou e fez o drible em curto espaço, sendo derrubado pela zaga da Bolívia – antes que a penalidade pudesse ser marcada, Neymar aproveitou a sobra e balançou as redes. Na comemoração, socos no ar como Pelé fazia.
17 minutos após o tento de Neymar, a Bolívia conseguiu diminuir em seu primeiro chute ao gol de Ederson. Ábrego recebeu em profundidade, avançou com a bola e acertou finalização em cheio, sem chances para o arqueiro brasileiro: 4 a 1.
Deu tempo ainda de, nos acréscimos, o Brasil fazer mais um. Raphinha cruzou para a área e Neymar chegou batendo de primeira; Viscarra, em erro comum, deixou passar e não conseguiu encaixar a defesa.