O Brasil que entrará em campo diante de Camarões nesta sexta-feira (2) será todo formado por reservas, mas o bom desempenho de alguns deles pode representar a titularidade no restante da Copa do Mundo. Nessa quinta (1º), o técnico Tite ressaltou que “o campo fala” e enalteceu a qualidade do elenco, em especial do atacante Rodrygo, que substituirá Neymar enquanto o atleta se recupera de lesão.
Com a classificação às oitavas já garantida, Tite decidiu mandar um time totalmente reserva para o jogo com Camarões, mas ressaltou que o desempenho da equipe irá se manter. “Temos 26 atletas de altíssimo nível. Quem vai jogar? Aí você pega o Fabinho titular no Liverpool, Ederson titular no City, Martinelli e Jesus titulares no Arsenal. É muita competição, e dou as melhores condições para que eles compitam no mais alto nível”, considerou o treinador.
Ele lembrou das alterações que promoveu no segundo tempo na partida de estreia, diante da Sérvia, e naquela válida pela segunda rodada da Copa do Mundo, que classificou o Brasil para as oitavas. “Eu tive um técnico que falava assim, e na época em que eram três substituições: ‘são três que vão entrar em campo para decidir o jogo’. Nestes dois últimos jogos, cinco entraram quando o jogo já estava encaminhado no 2 a 0, e outros quatro entraram para modificar o jogo”, pontuou Tite.
Vaga no time
Foi usando esse mesmo contexto que o técnico afirmou que os jogadores que entrarão em campo diante de Camarões poderão almejar definitivamente uma vaga no time. “Eu não sei (quantos deles jogarão as oitavas)”, disse Tite, para depois justificar.
“A referência do jogo é a referência importante. Eu não posso precipitar, o campo fala, a bola fala. Algum de vocês entendia definitivamente que o Rodrygo pudesse ser utilizado quanto foi? A bola fala, o campo fala. Eu tenho que oportunizar, preparar para o atleta, porque eu não sei o quanto será seu desempenho, seu desenvolvimento.”
O técnico avaliou ainda o desempenho do Brasil nos dois primeiros jogos. Ele relativizou o fato de a seleção passar a maior parte do tempo no campo de ataque e o fato de Alisson não ter sido exigido até aqui – em dois jogos, o goleiro da seleção não precisou fazer uma única defesa.
“Eu vejo como uma equipe equilibrada. Ela mantém uma agressividade constante, e quando não consegue é porque tem, como com a Suíça, um equipe com capacidade e que neutraliza”, avaliou Tite. “A seleção é uma equipe com equilíbrio, nem muito pra trás, nem muito pra frente. E a gente busca consolidar e evoluir.”