O piloto holandês Max Verstappen garantiu a festa nas arquibancadas do GP da Holanda, na manhã deste domingo (4), conquistando sua 10ª vitória na temporada e a 30ª na carreira. Ele continua firme em direção ao bicampeonato e mostrou mais uma vez que no momento ninguém tem mais carro que ele, nem mais firmeza na direção.
Nem os fogos de artifício que explodiram quando o ele cruzou a linha de chegada, após 1h36min42s773 de prova, fizeram mais barulho que os torcedores, que coloriram as arquibancadas de laranja.
O heptacampeão Lewis Hamilton chegou a ocupar a ponta por algumas voltas, apostando numa estratégia de uso de pneus médios do início ao fim da prova, diferentemente da grande maioria dos pilotos, e fazendo uma parada a menos nos boxes.
Mas não resistiu à força da RBR de Verstappen e, em seguida, acabou sendo ultrapassado também por seu companheiro de equipe George Russell e pela Ferrari de Charles Leclerc, que fecharam o pódio. No próximo domingo, a F1 segue para Monza com o GP da Itália, encerrando uma rodada tripla.
Após o GP da Holanda, Verstappen, que também fez a volta mais rápida da corrida, com 1min13s652, soma 310 pontos na temporada e abre 109 em relação ao segundo colocado, Charles Leclerc, que tem 201. Sergio Perez, também com 201, George Russell, com 188, e Carlos Sainz, com 175, fecham o top 5 após 15 provas. Hamilton aparece em sexto, com 158 pontos.
“Não foi uma corrida direta. Cronometramos bem a relargada. É incrível vencer de novo. É sempre especial vencer seu GP caseiro. Orgulho de ser holandês!”, declarou o piloto vencedor.
Largada
Uma sensação de “déjà vu” marcou a largada do GP da Holanda quando a Mercedes de Lewis Hamilton, que largou em quarto, tocou a Ferrari de Carlos Sainz, em terceiro – assim como na Bélgica, no domingo passado, quando Hamilton tocou a Alpine de Alonso.
Naquela ocasião, Hamilton acabou fora da prova e Alonso se irritou e, pelo rádio, chamou o heptacampeão de “idiota”. Neste domingo, no entanto, o toque foi leve e os dois pilotos envolvidos permaneceram na prova.
O líder Verstappen largou bem e garantiu na ponta, com tranquilidade, seguido por Leclerc. Entre os primeiros do grid, somente Norris conseguiu ganhar uma posição na largada, ultrapassando George Russell.
Pouco depois da largada, um susto: Magnussen escapou para a brita, mas conseguiu voltar para a pista.
Muito pressionado por Hamilton, Sainz resolveu ir aos boxes trocar os pneus macios por médios na 15ª volta. Mas o espanhol não contava com a lambança da Ferrari: o mecânico “esqueceu” de levar o pneu traseiro esquerdo e a parada levou intermináveis 12s7, fazendo Sainz, que ocupava a terceira posição antes da bagunça, voltar à pista na 11ª.
O detalhe é que pouco depois, Sergio Pérez foi para a sua troca e atropelou uma pistola da Ferrari na saída dos boxes, sem danos aparentes ao RB18.
Na metade da prova, Hamilton resolveu que era hora de brigar por um lugar no pódio e partiu para cima de Pérez, que demorou para frear e tirou o espaço mínimo previsto, fazendo o heptacampeão recuar. Mas foi só o tempo de o inglês respirar e voltar a investir na ultrapassagem, que aconteceu na 37ª volta.
O momento, mais emocionante até então, quase foi estragado por Vettel, que voltava dos boxes, se meteu na frente de Hamilton e demorou um pouco mais do que devia para dar passagem.
Logo em seguida, Pérez foi ultrapassado também por Russell. Hamilton, por sua vez, mostrou que não estava ali a passeio, dando a volta mais rápida da corrida até aquele momento: 1m15s116.
Com a ida de Sainz para os boxes, pouco depois, Hamilton ocupou a segunda posição e não parecia estar nem um pouco disposto a cedê-la de volta para ninguém.
Com problemas no seu carro após a troca de pneus, Tsunoda voltou aos boxes, mas teve que parar durante a prova e acabou provocando a entrada em cena do safety car virtual.
Verstappen aproveitou para fazer sua segunda troca, colocando pneus duros, e Hamilton e Norris fizeram a primeira, mantendo os médios. Tudo no momento certo e com velocidade, e os três voltaram nas três primeiras colocações, com o holandês na ponta, seguido por Hamilton e Russell.
Mais tarde, na 55ª volta, Bottas parou na pista principal e novamente o safety car entrou em ação. Mais uma vez, Verstappen foi para os boxes, com aposta da RBR em pneus macios. Nesse momento, Hamilton já ocupava a liderança. Mas manteve os pneus médios. Por sinal, Hamilton e Pérez foram os únicos a concluir a corrida em Zandvoort com pneus médios. E o heptacampeão não ficou feliz com a estratégia da Mercedes.
Tanto que quando a bandeira verde anunciou a saída do safety car da pista, na 61ª volta, Hamilton não resistiu ao poder da RBR de Verstappen, que já emendou garantindo a volta mais rápida da corrida, com 1min13s652.