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Intenção de consumo das famílias brasileiras cresce 2,1% e tem nona alta consecutiva

Indicador de outubro alcançou os 87 pontos, se aproximando de um cenário econômico positivo, quando o índice chega aos 100 pontos

Publicada em 20/10/2022 as 15:11h por Redação O Sul
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 (Foto: Agência Brasil)

A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) no Brasil cresceu 2,1% em outubro, em comparação com o mês anterior, e alcançou os 87 pontos — se aproximando de um cenário econômico positivo, quando o índice chega aos 100 pontos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (20) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

 

O levantamento mostra que a intenção de consumo entre os brasileiros cresce desde fevereiro, ou seja, por nove meses consecutivos. Em comparação com outubro de 2021, quando o cenário ainda era de incertezas por conta da pandemia de Covid-19, o indicador registrou uma alta de quase 19%.

 

A melhora no poder de compra das famílias brasileiras é resultado do alívio inflacionário registrado no país, segundo o estudo da CNC. Além da deflação, registrada por três meses consecutivos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a recuperação na intenção de consumo das famílias também é puxada pela retomada do mercado formal de trabalho no Brasil.

 

As famílias brasileiras mais pobres, que recebem até 10 salários mínimos, foram as que registraram o maior crescimento da intenção de consumo em outubro. O ICF para esse segmento da população teve uma alta de 2,2% no mês analisado. No agregado do ano, a variação para esse grupo de foi 20,4%.

 

Já as famílias mais ricas, com salários superiores a 10 salários mínimos, registraram uma alta de 1,7% no consumo em outubro deste ano, em comparação com o mês anterior. Para essa faixa de renda, a variação anual foi de 13,7%.

 

Apesar da melhora no cenário econômico brasileiro, a especialista em economia e coordenadora da pesquisa, Izis Ferreira, afirmou que panorama ainda é instável para os próximos meses.

 

“A inflação, mesmo em queda, segue dificultando o consumo, e o maior nível de endividamento das famílias também reduz a capacidade futura de compras, especialmente das famílias de renda média e baixa”, aponta a especialista.




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