O rendimento real habitual do trabalhador brasileiro cresceu pelo segundo mês consecutivo em agosto, após dois anos sem crescimento, disse o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (30).
O valor chegou a R$ 2.713 no trimestre encerrado em agosto, uma alta de 3,1% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, o número ficou estável. “’Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram”, diz Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), em nota de divulgação.
O rendimento para o grupo de empregados com carteira de trabalho assinada registrou crescimento de 2% (mais R$ 51), enquanto o de empregadores subiu 11,5% (R$ 689).
Entre os setores que registraram crescimento no rendimento médio real habitual na comparação com trimestre anterior, encerrado em maio, o IBGE destaca “Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura”, com alta de 7,2% (R$ 123), “Indústria”, que subiu 4,4% (R$ 111).
Também foram citados os grupos “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, com alta de 3,5% (R$ 77) e “Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas”, com avanço de 5,5% (R$ 205).
A pesquisa divulgada mais cedo nesta sexta mostrou uma queda na taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto, para 8,9%. O número representa uma queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em maio, e é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015 (8,7%).