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Médica questiona situações envolvendo o Hospital Nossa Senhora Aparecida

Publicada em 11/04/21 as 23:59h por Rádio Cidade Camaquã
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 (Foto: Rádio Cidade Camaquã)
A médica camaquense Dra. Eliane Scherer, até o dia 10 de março de 2021, compunha a escala médica do pronto socorro do Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Camaquã. A pedido da direção do hospital, a profissional foi demitida da escala após ministrar tratamento precoce e acolhimento à pacientes contaminados pelo vírus da Covid-19, sendo acusada de quebrar protocolos da instituição de saúde.


Após a demissão da profissional, anotações com 17 supostas infrações foram encaminhadas ao CREMERS – Conselho Regional de Medicina do RS e Ministério Público. 

Em entrevista exclusiva à Rádio Cidade, Dra. Eliane Scherer disse que nunca foi questionada pelo CREMERS sobre sua conduta profissional no tratamento à Covid-19. De acordo com a médica, existe uma investigação do Ministério Público a partir de denúncias do HNSA, que teriam apontado 17 infrações anotadas durante sua atuação profissional no período da pandemia, desde março de 2020, admitindo ser questionada pelo MP por somente duas supostas infrações. A profissional disse que nunca foi questionada ou advertida pelo diretor técnico do HNSA, Dr. Tiago Bonilha sobre sua atuação profissional. Porém, colegas do setor de enfermaria teriam a alertada quanto a rumores de uma suposta demissão.

Eliane afirmou que diferente do que alguns meios de comunicação divulgaram, a mesma não responde a nenhum  processo judicial ajuizado por familiares de pacientes que receberam tratamento precoce e acolhimento ou teriam vindo a óbito. 

Durante a entrevista, Eliane fez algumas denúncias contra o hospital. A médica demonstrou indignação com relação a localização da área de descanso e cozinha dos médicos, que segundo a profissional localiza-se dentro da ala-Covid. A porta do banheiro dos profissionais de saúde, segundo a denúncia, localiza-se dentro do local das refeições. Eliane relembrou que o hospital a acusou de circular na ala-Covid sem avental, mas ponderou que não faria nenhuma diferença, já que os profissionais dormem e alimentam-se num local minúsculo com acesso direto ao setor de contaminados. 

A médica disse ter provas de ter sido perseguida e sofrido retaliações pela direção do hospital, durante a pandemia. Relembra que quase foi agredida no interior do HNSA por um membro da diretoria, e que em julho de 2020, após conceder entrevista à uma rádio local, o hospital solicitou a empresa terceirizada responsável pela contratação dos profissionais para que providenciasse sua demissão. 

Eliane manifestou-se sobre o acúmulo de funções do diretor  técnico Dr. Tiago Bonilha, o qual atende paralelamente em três setores, enfatizando que pacientes em processo de ventilação mecânica necessitam de atenção em tempo integral do profissional médico. “Como ele consegue se deslocar para três setores distantes ao mesmo tempo?”, questionou. 

A cobrança de taxa de R$ 85,00 para nebulização de pacientes  também foi citada pela médica.

Durante a entrevista, a profissional referiu-se a dívida milionária do hospital que segundo ela é de aproximadamente R$ 30 milhões para a União, sendo R$ 25 milhões para a Receita Federal. Eliane disse que a solução para esta situação é pagar a conta ou ser perdoada pelo Governo Federal, porém o hospital, na concepção da médica, teria perdido a oportunidade de uma aproximação com o Presidente Bolsonaro, no intuito de buscar a solução pra o problema.

A recente inauguração do setor de alimentação do hospital, o que foi classificada por Eliane como “Luxuosa Lancheria”, teria custado de R$ 300.000,00 a R$ 400.000,00, sendo apontada também na entrevista. Eliane disse que enquanto o hospital faz uma obra vultuosa, o bloco B não possui bancada adequada para diluição de medicamentos. A médica questiona se houve tomada de preços para execução da obra e porque não foi terceirizada.

Dra. Eliane disse que o Coronavírus veio para ficar por muito tempo, "isso é cítrico e depende da conduta dos governantes. Quanto mais demorarem para agir, mais tempo demorará para a erradicação da doença”. Eliane argumentou que “o vírus está rendendo ganho secundário”, referindo-se a recursos vindos do Governo Federal para Estados e Municípios aplicarem no enfrentamento a pandemia. 

A entrevista completa está disponível na página oficial da Rádio Cidade em facebook.com/radiocidadecamaqua.




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