Moradores do Jardim do Forte estão revoltados com a Prefeitura de Camaquã, por permitir a realização de uma feira realizada por uma empresa privada em via pública nos dias 08,09 e 10 de setembro.
De acordo com vários moradores que denunciaram o caso na Rádio Cidade e deverão levar ao conhecimento do Ministério Público, a Prefeitura de Camaquã foi parcial ao permitir que uma empresa de comunicação privada viesse a utilizar a via pública para realizar uma feira comercial.
Moradores relataram que tiveram o direito de ir e vir prejudicado pela ocupação da via, ocasionado pela montagem de pirâmides de lonas e demais estruturas. Ainda segundo o relato, dez dias antes da realização do evento, os organizadores começaram a montar a estrutura gerando transtornos no trânsito. A empresa realizadora do evento informou em seu site que a montagem da estrutura começou dia 28 de agosto.
"Dias antes, a prefeitura asfaltou a rua Zeca Netto, via do evento, mas não teve a sensibilidade de patrolar a Rua Luiza Maraninchi que passou a ser o principal acesso dos moradores ao entorno". Observou uma família que reside no local.
O temporal de ventos ocorrido na madrugada do dia 11 de setembro, arremessou parte da estrutura composta por lonas e ferragem, atingindo pelo menos 5 residências, 2 automóveis e uma moto.
O fato da estrutura ter sido montada em local inadequado próximo a residências, assumiu o risco, diante da possibilidade de eventual ocorrências climáticas extremas, conforme já previa o serviço de meteorologia, o que infelizmente ocorreu.
Moradores das proximidades alegam perturbação de sossego, bem como a criação de transtornos para acessar a própria residência, justificando que o local não é um centro de eventos e que a feira deveria ter ocorrido em local propício a atividade e não em via pública em área residencial.
Um grupo de moradores buscou orientação jurídica e deverá realizar um abaixo assinado, visando a proibição da utilização do local para realização de novos eventos, no sentido de evitar transtornos no trânsito, impossibilidade de acesso à residências, perturbação de sossego e ameaça a segurança de moradores.