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Alta nos preços preocupa consumidores no RS: ovos sobem quase 50% e cortes de carne estão acima da média nacional

Salto expressivo de preço é impulsionado por fatores climáticos e logísticos

Publicada em 20/02/2025 as 06:56h por Por Jonas Campos, Alberi Neto, RBS TV
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 (Foto: Reprodução)

Os gaúchos estão sentindo no bolso o impacto da alta nos preços de alguns dos principais itens da alimentação, como carne e ovos. Nos últimos meses, os reajustes têm sido constantes, tornando mais caro tanto o tradicional churrasco quanto as refeições do dia a dia.

 

 

Enquanto a carne acumula um aumento significativo, o ovo – alternativa acessível para muitas famílias – também teve um salto expressivo de preço, impulsionado por fatores climáticos e logísticos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carne mais cara

 

 

O preço da carne subiu quase 15% nos últimos doze meses, com aumentos superiores à média nacional. Em janeiro de 2025, o IPCA apontou que, enquanto a carne encareceu 0,4% no Brasil, no Rio Grande do Sul a alta foi de 4,3%.

 

 

"A carne está mais cara hoje, principalmente, pelo clima quando estamos passando. Esse excesso de calor interfere nas pastagens e, também, o ciclo pecuário está interferindo sim no preço final para o consumidor", diz o economista Matheus Frozza.

 

 

Algumas das carnes mais consumidas no churrasco tiveram reajustes ainda mais significativos: a picanha subiu 6,9% e a costela, 4,9%. A valorização da carne impacta diretamente o consumo, levando muitos consumidores a buscarem alternativas mais acessíveis.

 

 

"A gente não consegue entender como que a carne tá aumentando nessa proporção e nós temos que trocar um corte mais nobre que a gente gosta, por um corte de segunda", desabafa o consumidor Leandro Leopoldis.

 

 

 

 

 

 

 

 

Carne — Foto: Reprodução/ RBS TV

Carne — Foto: Reprodução/ RBS TV

 

 

 

 

 

 

 

Ovo também registra alta

 

 

Considerado o "curinga" das refeições e uma das proteínas mais acessíveis, o ovo também registrou forte alta no preço. No Rio Grande do Sul, a dúzia de ovos brancos subiu quase 50% em apenas 20 dias. Em 21 de janeiro, custava R$ 5, e em 11 de fevereiro, chegou a R$ 7,33, segundo dados da Ceasa/RS.

 

 

A economista Wendy Carraro destaca que a alta dos ovos está diretamente relacionada ao aumento do preço da carne.

 

 

"O que a gente dizia quando o preço da carne estava alto? 'Busquem uma outra fonte de proteína'. Qual é a outra fonte? O ovo. Então as pessoas vão lá e compram mais ovos. A questão climática também afeta a própria produção aviária e isso faz com que haja menos produção de ovos. Então, quando a gente tem menos oferta e a demanda é alta, é natural que o preço suba", explica.

 

 

De acordo com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), as enchentes do ano passado prejudicaram a produção e a logística do setor, impactando a oferta. Além disso, um surto da doença de Newcastle também teria afetado as exportações.

 

 

O problema não é exclusivo do Rio Grande do Sul. Conforme a pesquisadora Claudia Scarpelin, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), a alta dos ovos também foi impulsionada pelo período de volta às aulas e pelo recebimento dos salários, que aqueceram o consumo.

 

 

"Eu estava comprando a R$ 9,90, essa mesma quantidade, há duas semanas atrás: R$ 9,90. Agora achei por R$ 23,99, R$ 24. Ou seja, mais do que o dobro", relatou o taxista João Pedro de Oliveira.

 

 

Outro fator que pode pressionar ainda mais os preços é a estiagem no Rio Grande do Sul, que deve impactar a produção de milho e soja, ingredientes fundamentais na ração das aves.

 

 

Mesmo com as altas, o ovo continua sendo uma das proteínas mais acessíveis, e os consumidores não abrem mão do produto. Diante dos preços elevados, muitos optam por reduzir a quantidade comprada, trocando a bandeja com uma dúzia por pacotes menores, com apenas meia dúzia de ovos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caixas de ovos — Foto: Reprodução/ RBS TV

Caixas de ovos — Foto: Reprodução/ RBS TV

 

 

 

 

 

 

 

 

Confira outros itens em alta na Região Metropolitana de Porto Alegre:

 

 

 

 

 

Itens em alta da Região Metropolitana de Porto Alegre

 

 

 

 

 

Itens em alta

 

 

Café moído 54,53%

 

 

Paleta 28,80%

 

 

Carne de porco 18,23%

 

 

Costela 17,55%

 

 

Contrafilé 15,86%

 

 

Azeitona 15,54%

 

 

Salada de frutas 14,26

 

 

Fonte: IPCA




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