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Pablo Marçal admite que armou cena em ambulância após cadeirada

O candidato aparece em uma ambulância, de olhos fechados, com uma máscara de oxigênio

Publicada em 23/09/2024 as 07:46h por Redação O Sul
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 (Foto: Reprodução)

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou a apoiadores que não precisava da ambulância que o levou ao Hospital Sírio-Libanês após ser agredido por José Luiz Datena (PSDB) com uma cadeirada durante o debate da TV Cultura no domingo (15).

 

O vídeo com a afirmação do candidato foi gravado durante um evento na quarta-feira (18) em uma pizzaria no Jardim Europa, na Zona Oeste da capital.

 

“Eu não precisava daquela ambulância lá. Eles queriam fazer uma cena, esse povo aí. Dava para ir correndo para o hospital. Não era insuportável. Só que aqui está o segredo: cadeirada é o de menos do que a gente está sofrendo desses caras. Eu tomo mais dez dessas por semana se for o caso. Mas não arrego. Eu dava conta de segurar aquela cadeira, eu dava conta de agredir aquele cara, eu dava conta de tudo, mas eu fiz questão de levar, para sentir mesmo, de verdade. Esse período não é período de proposta. Aprenda a jogar. Esse é um período de mostrar quem as pessoas são. Eu já mostrei a minha pior versão, agora vou mostrar a boa”, relata o candidato a uma mulher não identificada.

 

No vídeo divulgado pela equipe de Marçal em redes sociais após a agressão no debate, o candidato aparece em uma ambulância, de olhos fechados, com uma máscara de oxigênio. As pesquisas eleitorais mostraram o impacto da situação nas intenções de votos em Pablo Marçal na corrida eleitoral em São Paulo.

 

Na pesquisa Quaest divulgada na quarta, por exemplo, o candidato oscilou negativamente: passou de 23% para 20% em uma semana. A pesquisa captou a cadeirada de Datena em Marçal em dois dos três dias de entrevistas (15 a 17).

 

Já na pesquisa Datafolha, divulgada na quinta (19), embora o ex-coach tenha mantido os mesmos 19% em uma semana, sua rejeição sentiu os efeitos do debate: passou de 44% para 47%.

 

Um dia depois, no debate realizado na sexta-feira (20) pelo SBT, Marçal adotou postura diferente daquela que vinha apresentando em encontros anteriores com seus adversários, trocando a agressividade e ataques por um tom mais moderado. O candidato, no entanto, não se conteve e, apesar de mais comedido, voltou a proferir acusações pessoais, mas sem citar os nomes, de José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB).

 

Segundo pesquisa Datafolha, no ranking de rejeição, Marçal é seguido por Guilherme Boulos (PSOL), com 38%, e Ricardo Nunes (MDB), com 21%. Datena, alvo de críticas pela agressão, também viu sua rejeição subir – indo de 32% para 35%. Desde o início de agosto, a rejeição de Marçal aumentou 17 pontos, passando de 30% para 47%, ultrapassando a de Boulos, que anteriormente era o candidato mais rejeitado.




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