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O Brasil virou o maior comprador de maconha medicinal da Colômbia

De um total de US$ 10,8 milhões, US$ 3,4 milhões, o equivalente a 32% do total, foi para o Brasil

Publicada em 08/08/2024 as 06:38h por Redação O Sul
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 (Foto: Reprodução)

A Colômbia ficou conhecida desde os anos 1980 por ser a maior produtora de cocaína do mundo e berço de cartéis de drogas e traficantes famosos internacionalmente como Pablo Escobar.

 

Mas, nos últimos anos, uma série de mudanças legais criou as bases da indústria movida à maconha.

 

A partir de 2015, o governo passou a emitir licenças para a plantação e comercialização de cannabis para fins medicinais e terapêuticos.

 

Nove anos depois, produtores locais apontam o país como um dos mais promissores do mundo neste lucrativo mercado que, segundo a consultoria especializada BDSA, pode atingir US$ 58 bilhões (R$ 325 bilhões) em todo o mundo em 2028.

 

Em maio deste ano, antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizar a posse e o porte de maconha para uso pessoal, a BBC News Brasil foi à Colômbia para mostrar como funciona o mercado legal de cannabis medicinal no país.

 

Lá, advogados, produtores rurais e empreendedores contaram como enxergaram esse novo nicho e mostraram como o Brasil – que, na avaliação de especialistas, ainda engatinha nesse mercado – já se tornou o maior destino das exportações de produtos colombianos à base de cannabis medicinal.

 

 

 

 

 

 

 

Destino

 

Enquanto a Colômbia desponta como um dos principais produtores de cannabis legal no mundo, o Brasil aparece como o principal destino das exportações de produtos do país derivados da planta.

 

Os dados, obtidos pela BBC News Brasil, foram fornecidos pela ProColombia, uma agência de promoção de exportações do país.

 

Segundo a ProColombia, o país exportou US$ 10,8 milhões (R$ 60,5 milhões) em produtos à base de cannabis em 2023. Desse total, US$ 3,4 milhões (R$ 19 milhões), o equivalente a 32% do total, foi para o Brasil.

 

O segundo maior mercado consumidor dos produtos colombianos é a Austrália (25%), seguido da Alemanha (14%).

 

Esse volume e o tamanho potencial do mercado brasileiro fez com que autoridades do governo colombiano enviassem, neste ano, uma proposta para que o Brasil facilitasse a entrada de produtos colombianos derivados de cannabis.

 

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann), Thiago Hermano, a presença de produtos colombianos no Brasil é resultado de uma política governamental.

 

“O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, diz planejar aumentar a exportação de produtos à base de cannabis para o Brasil, estimando que os produtos colombianos têm potencial para alcançar (exportações de) US$ 123 milhões (R$ 689 milhões), até 2025”, disse Hermano.

 

Segundo ele, empreendedores colombianos já estão chegando ao Brasil de olho em oportunidades.

 

“Empresas colombianas têm se instalado no Brasil, a fim de conhecer mais o mercado de saúde nacional e tendo presença em investimentos em fornecimento de produtos de Cannabis e na atual científica, mesmo que ainda muito limitada aqui no país”, afirmou.

 

Para o empresário Sebastian Emilio Mateus, o Brasil deveria avançar em relação ao desenvolvimento de produtos à base de cannabis.

 

“Sem dúvida, o caminho que o Brasil deve traçar é baseado em pesquisa sobre a planta e sobre o comportamento social […], o ser humano adotou esta planta e não se pode caminhar para trás. É uma mudança social que não vai parar”, afirmou.

 

Luisa Fernanda Gaitán diz pensar de forma semelhante.

 

“Os países, antes de aprovar ou não o cultivo de uma substância, têm que investir em pesquisa para saber se essa indústria é conveniente ou não”, defende a empresária.

 

“O que não se pode é satanizar uma planta pelo seu consumo recreacional quando ela tem tantos benefícios medicinais.”




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