A defesa do marido suspeito de agredir um médico após a esposa dele morrer em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) diz que o profissional a mandou calar a boca quando ela reclamou de dor. Pablo Henrique de Araújo Leal foi agredido na UPA de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF).
“A esposa começou a debater na sala, espernear e gritar de dor. Nesse momento, o médico disse: é melhor você calar a boca, essa dor toda não é para isso”, contou o advogado Fábio Cavalcanti.
Ao g1, o advogado disse que Jhader de Melo Montalvão, de 35 anos, lamenta ter agredido e médico, disse que ele não estava em si no momento e que agiu pela emoção da perda da esposa. O g1 tentou localizar o contato do médico para ouvi-lo, mas não obteve sucesso até a última atualização desta matéria.
“O Jhader lamenta muito ter feito isso, mas diz que não estava em si. Ele diz que perdeu a pessoa que mais amava no mundo e se descontrolou”, afirma.
Cavalcanti conta que a esposa de Jhader, Nathali Haydee Cunha, estava com suspeita de dengue e sentindo muitas dores. Segundo ele, Pablo teria receitou duas bolsas de soro e, após ela tomar, a paciente voltou ao consultório. “Ela falava que estava sentindo morrer, arrancou a sonda e começou a sangrar”, detalha.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão contra Pablo e lamentou dizendo que situações como essa estão se tornando comuns. O g1 também solicitou um posicionamento da Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás, mas não obteve retorno.