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Perdeu, mané, não amola; derrotamos o bolsonarismo: relembre polêmicas do novo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso

Desde 2013, Barroso participou de diversas votações relevantes no STF, mas também se envolveu em polêmicas

Publicada em 28/09/2023 as 08:52h por Redação O Sul
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 (Foto: oberto Jayme/ASCOM/TSE)

Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) desde 2013, Luís Roberto Barroso assume a Presidência da Corte nesta quinta-feira (28). Ao longo desse período, o magistrado participou de diversas votações relevantes, mas também se envolveu em polêmicas.

Entre elas, estão ter dito “perdeu, mané, não amola” a um manifestante que o seguia pelas ruas de Nova York (EUA) e, mais recentemente, ter afirmado: “Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia”. Relembre algumas declarações polêmicas:

“Perdeu, mané, não amola”

Em novembro de 2022, após a vitória de Lula nas eleições presidenciais, Barroso reagiu a um manifestante que o seguia pelas ruas de Nova York e questionava sobre a segurança do código-fonte das urnas eletrônicas brasileiras. “Perdeu, mané, não amola”, disse o ministro para o homem. Dois dias antes, ministros da Suprema Corte, incluindo Barroso, haviam sido hostilizados enquanto saiam de um hotel para entrar em uma van.

Mais recentemente, em janeiro deste ano, o magistrado foi abordado por manifestantes bolsonaristas no aeroporto de Miami. Vídeos que circularam na internet mostraram Barroso no salão de embarque do aeroporto, passando pelo guichê, enquanto manifestantes batiam palmas e gritavam “sai do voo”, “pede para sair”. O ministro ainda foi vaiado e xingado de “ladrão” e “lixo”. Barroso, como mostraram as imagens, não reagiu.

“Nós derrotamos o bolsonarismo”

Uma das mais recentes polêmicas que Barroso se envolveu foi ter feito críticas ao bolsonarismo e reagido a vaias que recebeu de um grupo ligado a profissionais da área da enfermagem durante discurso em um Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em julho.

“Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo”, afirmou o magistrado. “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, declarou.

As falas foram uma reação a um grupo de manifestantes que protestava contra ele no local. Além das vaias, eles carregavam uma faixa com a frase “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”.

Barroso explica fake news sobre frase “eleição não se ganha, se toma”

Uma das fake news atrelada a Barroso foi que ele teria dito que “eleição não se ganha, se toma”. Durante o julgamento dos primeiros réus pelos ataques extremistas de 8 de janeiro, ele explicou a fake news, afirmando que a fala foi editada e tirada de contexto, pontuando que, enquanto era presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), recebeu em seu gabinete o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR).

Segundo o ministro, o parlamentar disse a ele: “Eu apoio o presidente [Bolsonaro], porém, sou contra a volta do voto impresso, porque, no meu Estado, por duas vezes, venci as eleições no tempo do voto de papel e me tomaram as eleições”.

No dia seguinte a esse encontro, Barroso foi à Câmara dos Deputados, a convite do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para explicar a defesa do voto eletrônico.

Barroso diz que Forças Armadas são orientadas a “atacar” o processo eleitoral

Em abril de 2022, Barroso afirmou que as Forças Armadas “estão sendo orientadas para atacar o processo” eleitoral brasileiro, durante participação por teleconferência em um seminário em Berlim, na Alemanha.

Em sua fala, o ministro disse ainda que os militares tentavam “desacreditar” o processo eleitoral brasileiro, destacando que os ataques ao sistema são “totalmente infundados e fraudulentos”.

Como resposta, o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, classificou a declaração como uma “ofensa grave”.




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